Saúde & Beleza
Pneumologista da Sociedade de Medicina tira dúvidas sobre doenças do inverno
A nova estação, que começou no dia 21, é marcada pela incidência das doenças respiratórias
No último dia 21 de junho, começou o inverno, uma época em que as doenças respiratórias são mais comuns, como no outono. Para entender melhor esse quadro, as formas de prevenir e quando procurar um médico, conversamos com o coordenador do Departamento Científico de Pneumologia da SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas), Dr. Rene Penna Chaves Neto. Confira a entrevista!
Quais a principais doenças de inverno?
Conhecidas como doenças sazonais, as patologias respiratórias, que aumentam sua incidência durante os meses do outono e inverno, são as doenças infecciosas das vias aéreas superiores e inferiores, bem como as exacerbações das doenças respiratórias crônicas, como asma, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e alergias respiratórias. As infecções virais das vias aéreas se sobrepõem, seguidas pelas rinossinusites bacterianas e, mais seriamente, pelas pneumonias. É bom lembrar que o clima frio não afeta exclusivamente as vias aéreas, sendo destacadas também as doenças cardiovasculares, com maior número de infartos, AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais) e descompensação de arteriopatias periféricas.
Quais cuidados devemos ter nesse período mais frio para prevenir doenças?
Como nessa época é comum a queda da temperatura e a baixa da umidade relativa do ar, ocorre o ressecamento da mucosa das vias aéreas e a diminuição da ação das defesas locais nas vias aéreas superiores. A aglomeração de pessoas em locais pouco ventilados e ensolarados também contribui para exposição e contaminação horizontal dos patógenos que utilizam os aerossóis expelidos durante a fala, tosse e espirros, para propagação dos surtos de infecção. Nesse raciocínio, manter a temperatura levemente aquecida, bem como a umidade relativa entre 50 a 60%, já torna o ambiente bem favorável na prevenção dessas complicações. O ato de lavar as mãos constantemente e evitar proximidade facial ao conversar e, principalmente, ao tossir e espirrar são fundamentais. Manter-se com as imunizações antivirais e antibacterianas disponíveis na atualidade também é importante.
Quando procurar um médico?
Todas essas complicações podem ter sua evolução, desde formas leves a mais graves. Sempre que a pessoa sentir dificuldade para respirar, mal-estar por desidratação ou inapetência (falta de apetite) e, principalmente, qualquer alteração de cognição, confusão ou qualquer outra característica que destoe de seus hábitos normais, são sinais de alerta para procurar um serviço médico.
Existe alguma faixa etária mais vulnerável a doenças comuns no inverno?
Como sempre, as faixas etárias mais vulneráveis são os extremos das idades, ou seja, as crianças, com as ocorrências das viroses respiratórias, com ênfase às crises de asma e bronquiolites, assim como os mais idosos, que incidem as exacerbações de DPOC, traqueobronquites, asma e pneumonias.
Quais as principais diferenças entre resfriado, gripe e covid-19?
Embora os sintomas possam ser muito semelhantes, o que dificulta o diagnóstico diferencial entre elas, a diferença entre essas entidades é seu agente causador. Os resfriados são causados por vírus menos conhecidos, sendo os mais comuns o adenovírus, rinovírus e vírus sincicial respiratório, que podem causar até as bronquiolites nas crianças. As gripes são causadas pelos vírus influenza, contra os quais já temos vacinas há muito tempo. E finalmente, a covid é causada pelas variantes mais agressivas do vírus corona, conhecidas como SARS COV-II. Até pouco tempo atrás, em decorrência da dificuldade de acesso a testes de identificação dos agentes virais, os diagnósticos eram feitos de forma epidemiológica, sem confirmação laboratorial, sendo os casos mais leves chamados de resfriado e os casos mais moderados e graves, de gripe. Com o advento da covid, há dois anos e meio, houve uma popularização dos testes e os vírus passaram a ser identificados com acurácia para o diagnóstico etiológico correto. Outro fato que devemos valorizar na pandemia da covid foi alertar que, anteriormente à catástrofe, sempre tivemos uma morbidade e mortalidade significativa por gripes influenza, em todo o mundo, dados pouco valorizados pela população em geral e pelas mídias de informação.
Quando a febre é um sinal de alerta? Quando devemos procurar um médico por causa dela?
A ocorrência de febre em uma pessoa significa presença de um processo inflamatório, que pode ser infeccioso ou não. Toda vez que nosso corpo é agredido por inflamação ou infecção ativas, ele reage com aumento da temperatura, sendo um indicativo para o profissional de saúde localizar o foco da inflamação e/ou infecção. Os perigos da febre alta, acima de 38 graus, podem ser desidratação e confusão mental em crianças e idosos, até o extremo de ocorrências das convulsões febris nas crianças. O mais importante é reconhecer a febre como um sintoma e não uma doença. Medidas devem ser tomadas para estabilização da temperatura normal, como medicações, e, às vezes, compressas de água fria, até que o diagnóstico final seja esclarecido.
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Conheça a febre oropouche: doença viral com aumento significativo de casos no Brasil
Você conhece a febre oropouche? Pois saiba que há um aumento expressivo de casos desta doença viral no Brasil. Ela é transmitida, principalmente, pela picada de um mosquito conhecido como maruim ou mosquito-pólvora (Culicoides paraensis é seu nome científico).
Os dados revelam, segundo o Ministério da Saúde, que em 2023 foram 832 casos, contra 3.354 registros nas quinze primeiras semanas de 2024.
Números da febre oropouche
O número de casos da febre oropouche pode ser visto abaixo:
- Amazonas (2.538 casos),
- Rondônia (574 casos),
- Acre (108 casos),
- Bahia (31 casos),
- Pará (29 casos),
- Roraima (18 casos),
- Mato Grosso (11),
- São Paulo (7) e,
- Rio de Janeiro (6).
Uma das razões apontadas pelo Ministério da Saúde para esse aumento é a descentralização do diagnóstico laboratorial para detecção do vírus nos estados da região amazônica, onde a febre oropouche é considerada endêmica.
No entanto, a situação é mais complexa, uma vez que muitas regiões do Brasil não têm disponibilidade de exames, sugerindo que o número real de casos pode ser ainda maior do que os registros oficiais.
O que é a a doença?
Detectado no Brasil na década de 1960 a partir de amostras de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília. A partir disso, ela tem se tornado um preocupante vilão da saúde pública, exigindo medidas de controle e prevenção, como o combate ao vetor transmissor e a conscientização da população sobre os sintomas e medidas de proteção.
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10 dicas para proteger crianças contra infecções + dica bônus
Aqui, mostraremos 10 dicas para proteger crianças contra infecções. Isso tem se tornado uma preocupação constante para pais e cuidadores, especialmente durante os períodos de maior incidência de doenças respiratórias, como gripes e resfriados. Contudo, tome os cuidados listados abaixo e, se verificar sintomas mais constantes, procure ajuda médica.
10 dicas para proteger crianças contra infecções
Vacinação:
A vacinação é fundamental para crianças, jovens e adultos, independentemente do que muitos digam por aí. Certifique-se de que as crianças recebam todas as vacinas recomendadas, incluindo as vacinas contra gripe e outras doenças respiratórias, de acordo com o calendário de vacinação.
Higiene das mãos:
Ensine as crianças a lavar as mãos regularmente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, especialmente antes de comer, depois de usar o banheiro e ao chegar em casa.
Cobrir a boca e o nariz:
Instrua as crianças a cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ao tossir ou espirrar e a jogar o lenço no lixo imediatamente após o uso. Se não houver lenço disponível, ensine-as a tossir ou espirrar no cotovelo, em vez das mãos.
Evitar contato próximo com pessoas doentes:
Oriente as crianças a evitar o contato próximo com pessoas que estão doentes, incluindo evitar compartilhar objetos pessoais, como talheres e copos.
Limpeza e desinfecção:
Mantenha superfícies e objetos frequentemente tocados limpos e desinfetados regularmente, especialmente em áreas de uso compartilhado, como banheiros e cozinhas.
Evitar multidões:
Evite levar as crianças a locais lotados ou eventos onde haja muitas pessoas, especialmente durante surtos de doenças respiratórias. Tudo isso para que o sistema imunológico mantenha-se equilibrado.
Promover um estilo de vida saudável:
Incentive as crianças a manterem um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios regulares, sono adequado e redução do estresse.
Mantenha as crianças em casa quando estiverem doentes:
Se uma criança estiver doente, é importante mantê-la em casa para evitar a propagação da doença para outras pessoas.
Ventilação adequada:
Mantenha os ambientes internos bem ventilados, abrindo janelas e portas sempre que possível para permitir a circulação de ar fresco. Essa ‘troca de ar’ ao longo do dia, é fundamental não só para crianças, mas também para adultos.
Consulta médica:
Em caso de sintomas de infecções respiratórias, como febre, tosse, coriza ou dificuldade para respirar, consulte um médico imediatamente para avaliação e tratamento adequados.
Dica Bônus:
Oferecer exclusivamente leite materno nos primeiros 6 meses de vida e complementá-lo com alimentos saudáveis até os 2 anos é altamente recomendado, pois o leite materno contém anticorpos fornecidos pela mãe. Esses anticorpos ajudam a aumentar a proteção contra infecções comuns no outono/inverno e outras doenças.
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Entenda o que é Mounjaro: remédio que tem sido usado por ricaços brasileiros
Você sabe Entenda o que é Mounjaro: remédio que tem sido usado por ricaços brasileiros? Esta é uma nova substância apelidada de “Ozempic dos ricaços” e que foi produzida pelo laboratório Eli Lilly. Semelhante ao Ozempic, tornou-se favorito dos ricaços quando o assunto é rápido emagrecimento e o valor dele? Pode chegar a R$ 3.782,17.
Além disso, sua indisponibilidade no mercado brasileiro aumenta seu status de exclusividade. Aprovado pela Anvisa no ano passado, tem como principal objetivo tratar diabetes.
O que é Mounjaro?
Segundo a bula seu principal ativo é a tirzepatida, que ajuda a controlar a taxa de açúcar no sangue. Na prática, o remédio foi aprovado para tratar a diabetes, desta vez do tipo 2 e nos Estados Unidos, o Mounjaro foi aprovado para tratamentos da obesidade.
Simulando a ação dos hormônios GLP-1 e GIP, a medicação afeta a sensação de saciedade no cérebro e a redução da velocidade da digestão da comida. Com essa ação, a pessoa que usa o medicamento sente menos fome, consome menos calorias e perde peso. Já no pâncreas, o Mounjaro estimula a produção de insulina, motivo pelo qual os remédios são utilizados no tratamento da diabetes tipo 2.
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