
Apesar da recente desaceleração da inflação, o Banco Central (BC) decidiu adotar uma postura mais cautelosa e elevou a Taxa Selic — os juros básicos da economia — em 0,25 ponto percentual, alcançando 15% ao ano. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (18) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e contrariou parte do mercado, que apostava na manutenção da taxa em 14,75%.
Com isso, a Selic atinge o maior patamar desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Este foi o sétimo aumento consecutivo da taxa desde setembro do ano passado, refletindo as incertezas sobre o cenário fiscal e econômico do país.
Por que o Copom decidiu subir os juros?
Em comunicado, o Copom ressaltou que, embora a inflação esteja recuando, os riscos seguem elevados. O comitê indicou que deve manter os juros em 15% nas próximas reuniões para observar os impactos do ciclo de alta sobre a economia. No entanto, não descartou novas elevações, caso o cenário inflacionário piore.
“Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado…”, afirma o texto.
Histórico recente da Selic:
- Junho a agosto do ano passado: 10,5% ao ano
- Setembro a maio: seis aumentos consecutivos
- Junho de 2025: novo aumento de 0,25 ponto percentual, chegando a 15% ao ano
A expectativa é que esse seja o último ajuste antes de uma pausa no ciclo de alta, prevista para o segundo semestre de 2025.
Efeitos para o consumidor:
- Crédito mais caro (financiamentos, empréstimos e cartões de crédito)
- Rendimento maior para quem investe em renda fixa
- Possível desaquecimento da economia no curto prazo
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