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Crônica: fim de ano em Hortolândia. Para não dizer que não falei de flores

Hortolândia, no fim do ano, parece se vestir de festa. As luzes piscantes nas ruas principais, os enfeites nas praças e o aroma de comida caseira que escapa pelas janelas contam a história de uma cidade que sabe celebrar. Aqui, o Natal e o Réveillon não são apenas datas no calendário; são momentos em que a cidade se reinventa, abraça seus moradores e acolhe quem passa.

Na Avenida da Emancipação, as noites ganham um brilho especial. A decoração caprichada da Prefeitura, os pinheiros iluminados, a nossa Ponte Estaiada e as famílias passeando de mãos dadas criam uma cena digna de cartão-postal. É impossível não sorrir ao ver as crianças correndo em volta do presépio no Dorath ou tentando adivinhar em qual dia o Papai Noel vai chegar na Poderosa.

No Centro de Memória, eventos culturais e apresentações musicais preenchem o ar com uma mistura de nostalgia e esperança. É o som de coral, as risadas de crianças no trenó decorativo e, às vezes, até o silêncio respeitoso enquanto a cidade reflete sobre o ano que passou.

Os bairros também têm seu charme. No Jardim Amanda, é comum ver os vizinhos se reunirem para decorar a praça ou organizar pequenas festas comunitárias. Já no Remanso Campineiro, o movimento no comércio local cresce, com moradores correndo atrás do presente perfeito ou daquela sobremesa que não pode faltar na ceia.

E quando chega a noite do Réveillon, Hortolândia parece se preparar para um novo começo. As famílias se reúnem em casas ou nos espaços públicos, sempre com a mesa farta, repleta de pratos que misturam tradição e inovação. Nas ruas, o som dos fogos de artifício se mistura aos abraços apertados e aos votos de um ano melhor.

O que faz o fim de ano em Hortolândia especial não é apenas a decoração ou os eventos. É o espírito da cidade, essa sensação de que, mesmo em tempos desafiadores, há sempre algo a agradecer e a celebrar. É o sorriso do dono da padaria ao desejar um “Feliz Ano Novo” ou o olhar de uma criança encantada com as luzes da praça.

Aqui, o fim de ano é mais do que uma época de festas. É um convite para olhar para o próximo com gentileza, renovar os sonhos e lembrar que Hortolândia é, antes de tudo, uma cidade feita de pessoas. E para não dizer que não falei de flores: que o próximo ano seja tão iluminado quanto as ruas de led dessa cidade encantadora que amo.

por Uberdan Agnelo

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