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Greve dos alunos de medicina da Unicamp protesta contra mudança no Hospital de Sumaré

Greve dos alunos de medicina da Unicamp chama atenção para os riscos da mudança de gestão no Hospital Estadual de Sumaré (HES), onde parte essencial da formação médica é realizada. A mobilização dos estudantes é uma resposta direta ao chamamento público aberto pela Secretaria de Estado da Saúde, que visa transferir a administração do hospital para uma Organização Social (OS).

A Unicamp, responsável pela gestão do hospital desde sua fundação há 25 anos, teme perder o controle da unidade, comprometendo a qualidade dos estágios e residências médicas. O contrato atual termina em julho de 2025, e a Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (FUMCAMP) deverá concorrer com outras OSs para manter a gestão.

HES é pilar na formação médica da Unicamp

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O Hospital Estadual de Sumaré é um dos principais campos de prática da Faculdade de Ciências Médicas e Enfermagem da Unicamp. Atualmente, ele é utilizado para:

  • Estágios práticos de estudantes do curso de medicina;
  • Programas de residência em cirurgia, clínica médica, ginecologia e obstetrícia, e pediatria;
  • Atendimentos SUS de média e alta complexidade.

A eventual troca de gestão levanta preocupações sobre a continuidade desses programas, especialmente em relação à autonomia universitária, qualidade do ensino e estabilidade do corpo clínico.

Reação dos estudantes e apoio político

A greve estudantil começou com assembleias realizadas nos dias 10 e 11 de junho. Os alunos exigem a revogação do chamamento público, argumentando que a parceria atual tem garantido qualidade na formação e assistência médica.

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Durante as discussões na Faculdade de Ciências Médicas (FCM), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou de forma remota e ouviu as reivindicações dos alunos. A presença do ministro mostra que o debate ultrapassou os muros da universidade e atingiu instâncias federais.

Posição da Secretaria de Estado da Saúde

Em nota oficial, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo declarou que o chamamento segue as diretrizes da Lei nº 846/1998, que permite a gestão de serviços públicos por meio de parcerias com Organizações Sociais. O edital será publicado futuramente no Diário Oficial do Estado.

Ainda segundo a Secretaria, a medida busca “melhor eficiência na gestão dos equipamentos públicos de saúde”, sem se pronunciar diretamente sobre os impactos na formação universitária.

Disputa pela gestão: FUMCAMP e outras OSs

A FUMCAMP, fundação vinculada à Unicamp, já manifestou interesse em participar do processo. No entanto, o edital de chamamento é aberto, e outras OSs também poderão se candidatar. Isso representa um risco real para a universidade, que poderá perder o vínculo com uma unidade hospitalar estratégica para sua atuação regional.

Caminhos possíveis

Os estudantes e a comunidade acadêmica defendem a manutenção do convênio entre Unicamp e o Governo do Estado, com a permanência da gestão universitária. Eles afirmam que esse modelo garante a formação integral dos futuros médicos e a assistência de qualidade à população.

Por outro lado, a Secretaria de Estado busca padronizar as gestões hospitalares, alinhando-as ao modelo de OSs já implementado em outras regiões do estado.


FAQ – Greve dos alunos de medicina da Unicamp

O que motivou a greve dos estudantes de medicina da Unicamp?
A greve é uma resposta ao chamamento público do Governo de SP que pretende transferir a gestão do Hospital Estadual de Sumaré para uma Organização Social (OS).

O que pode acontecer se a Unicamp perder a gestão do hospital?
Há receio de queda na qualidade dos estágios e residências, além de possível ruptura da integração ensino-serviço.

O hospital ainda está funcionando normalmente?
Sim. A greve é estudantil e não afeta diretamente os atendimentos médicos no HES.

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