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Ampliação do terreno da Unicamp consolidada

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) comprou, por R$ 157 milhões, uma área de 1,4 milhão de metros quadrados da Fazenda Argentina, entre o campus e o parque tecnológico Ciatec 2, para a ampliação futura da universidade. 

A aquisição ocorreu dentro de uma desapropriação amigável realizada pelo governo do Estado, que no ano passado declarou a área de utilidade pública. Trata-se da mesma terra que o Itaú-Unibanco negociava para instalar, em Campinas, o Centro Tecnológico de Operações (CTO) do banco, um investimento de R$ 1 bilhão que a cidade perdeu para Mogi-Mirim.

A aquisição vai propiciar a segunda maior expansão do campus desde a fundação da Unicamp, em 1966. A primeira ocorreu em 1971, quando o então governador Laudo Natel desapropriou 1,3 milhão de metros quadrados, distribuídos entre cinco propriedades fronteiriças à Unicamp, incluindo uma parte da própria Fazenda Argentina. 

Aquela ampliação territorial destinou-se à implantação da área de saúde da universidade, que atualmente inclui o Hospital de Clínicas, Gastrocentro, Hemocentro e Hospital da Mulher.

A gleba negociada nesta terça-feira (25) pertencia à empresa Heliomar S.A, que tem entre os sócios José Pires de Oliveira Dias Neto, vice-presidente da rede Drogasil, e seu irmão Carlos Pires Oliveira Dias, presidente da rede de farmácias e vice-presidente do conselho de administração do Grupo Camargo Corrêa. 

O valor da aquisição, cuja oficialização da outorga da escritura ocorreu na sala de reuniões da reitoria, é R$ 25 milhões abaixo da avaliação feita em fevereiro pela Caixa Econômica Federal (CEF).

O reitor José Tadeu Jorge informou que a aquisição da nova área dará à universidade condições para uma expansão planejada a longo prazo, visando a melhoria da sua infraestrutura de ensino, pesquisa e extensão. 

“Isso nos permitirá, inclusive, pensar numa futura expansão de vagas na graduação”, disse. Para ele, a aquisição também abre perspectivas para incrementar os espaços de cultura e lazer, o que beneficiará não só a comunidade interna mas também a população em geral.

A verba para o pagamento da aquisição é parte de uma reserva previdenciária feita entre janeiro de 2006 e outubro de 2008 — que atualizada soma R$ 178,6 7 milhões — e que estava destinada ao pagamento de dívidas da instituição junto ao Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (Ipesp).

Segundo o reitor, os R$ 21,6 milhões restantes após a compra serão destinados a um Programa de Manutenção Predial. A Unicamp informou que do total da nova área, 80% poderão ser efetivamente ocupados — os outros 20% correspondem a áreas de preservação ambiental permanente.

FONTE: RAC

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