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Reganho de peso pós-bariátrica – causas e tratamentos

A recidiva da obesidade pode chegar a 25% dos pacientes bariátricos; tratamentos ajudam a reverter o problema

A recidiva de peso atinge entre 20% e 25% dos pacientes que fazem a cirurgia bariátrica. Na maioria dos casos, isso acontece porque o paciente não muda seus hábitos de vida ou muda por um período, mas com o tempo, retoma os velhos hábitos, como consumo exagerado de carboidratos e sedentarismo. No entanto, há casos em que ele pode ter algum problema físico mesmo, como aumento do diâmetro da anastomose gastrojejunal. Em todos os casos, há tratamento. O importante é identificar corretamente a causa.

“E comum o paciente com recidiva da obesidade, que é o nome técnico para o popular reganho de peso, chegar ao consultório e pedir para refazer a cirurgia. Mas casos de cirurgia revisional são raros. Na maior parte das vezes, o paciente volta a engordar porque retomou os velhos hábitos que o levaram à obesidade”, explica o cirurgião bariátrico Dr. Admar Concon Filho. “É muito importante fazer uma avaliação completa do paciente, inclusive com a equipe multidisciplinar (nutricionista, psicóloga e endocrinologista), para ver se há problemas comportamentais”, completa.

Caso o reganho esteja relacionado à questão comportamental, é necessário adequar a dieta, inserir atividade física na rotina, fazer acompanhamento psicológico, se for o caso, e até entrar com medicamentos que podem ser prescritos pelo endocrinologista.

“Outros fatores devem ser considerados e, havendo alguma alteração na cirurgia, pode ser necessário fazer uma cirurgia revisional. Outro problema que causa a recidiva da obesidade é o alargamento do diâmetro da anastomose gastrojejunal”, comenta o cirurgião.

A anastomose gastrojejunal é a emenda entre o pequeno novo estômago e o intestino delgado. O ideal é que essa emenda seja estreita o suficiente para que o esvaziamento do estômago aconteça de forma lenta, dando uma sensação de saciedade precoce para o paciente para que ele diminua a ingestão de alimentos e, consequentemente, reduza seu peso. “Em alguns casos, essa emenda aumenta de tamanho e, com o esvaziamento rápido do estômago, a pessoa tende a sentir mais fome e a comer mais do que deveria, o que acaba colaborando para uma recidiva de peso”, comenta Concon.

Quando isso acontece, é possível fazer um tratamento com Plasma de Argônio, que é uma cauterização, realizada através de endoscopia, para diminuir o diâmetro da anastomose gastrojejunal. Este tratamento é indicado para pessoas que fizeram cirurgia bariátrica em Y de Roux (Cirurgia de Capella, Cirurgia de Fobi-Capella ou Bypass Gastrointestinal) sem anel e não conseguiram atingir o peso desejado ou tiveram reganho de peso acima de 10% do peso mínimo atingido.

A aplicação do Plasma de Argônio é um procedimento ambulatorial, realizado pelo médico endoscopista, com auxílio de um anestesista, sob sedação anestésica. Não é utilizada anestesia geral. Em média, três sessões, aplicadas com intervalo de 1 a 2 meses, são suficientes. Há casos de pacientes que precisam de mais, mas tudo isso é avaliado de forma individual.

“Não é possível afirmar qual será a perda de peso após a aplicação do Plasma de Argônio, mas a literatura aponta que ela pode chegar a 50% do excesso de peso atual ou a 70% do peso que a pessoa reganhou após a cirurgia. O resultado depende muito de uma alimentação saudável e de atividades físicas”, pondera o médico.

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