A maioria das cidades do Brasil conta com água tratada, ou seja, a água encanada só chega a nossa casa após passar por um processo de tratamento nas estações de água municipais (daí o gosto de cloro que sentimos às vezes). No entanto, a água fica exposta a muitos outros agentes nesse percurso, como a caixa d’água (você sabe se ela está limpa?), o próprio encanamento, a torneira, e por aí vai. Por isso, seguro mesmo é filtrar ou purificar a água que chega a sua casa antes do consumo.
De todas as impurezas que possam estar presentes na água corrente, existe uma preocupação especial com os contaminantes biológicos, como os microrganismos patogênicos, que provocam as doenças diarreicas via agentes bacterianos, virais ou parasitas, causadores de gastroenterites e hepatite viral – principal causa de morbidade e mortalidade infantil.
Ao optar pelo uso de purificadores de água, entretanto, é possível que a água da torneira atinja índices de 99,99% de purificação, ficando livre de microorganismos, cloro e odores.
A qualidade da água via purificadores é obtida por meio da aplicação de materiais de grande capacidade adsorvente, ou seja, através da utilização de sólidos que tenham grande capacidade de atrair para sua superfície moléculas do fluído em que estejam inseridos (nesse caso, a água). O carvão ativado é o mais conhecido dos adsorventes e tem se tornado cada vez mais uma alternativa econômica viável.
De acordo com a Dra. Rosângela Bergamasco, do departamento de engenharia química da Universidade Estadual de Maringá e também engenheira química da empresa Purific, no tratamento de água para consumo humano, o carvão ativado é um dos meios porosos mais utilizados “por ter a capacidade de remover o sabor e o odor da água, eliminar contaminantes como metais pesados, gases tóxicos, pesticidas, reduzir a matéria orgânica natural, limitando assim ao máximo a formação de subprodutos de desinfecção e/ ou oxidação, como os trihalometanos”. A única ressalva, segundo a especialista, é que alguns microorganismos, preferencialmente as bactérias, podem aderir aos suportes sólidos de materiais carbonosos. “Para evitar essa desvantagem, está sendo estudado o uso de carvão ativado com prata. Nesse sentido, íons metálicos suportados na superfície do carvão ativado têm sido empregados para estudar a purificação de água e o efeito antibacteriano”, complementa.
Na Purific, por exemplo, os purificadores utilizam tecnologias de ponta desenvolvidas em parceria com a Universidade Estadual de Maringá, que empregam carvão ativado impregnado com prata em harmonia com outros meios porosos, como puricel e oxipuri. Após o processo de filtração, a água é exposta a uma placa magnética e a um infravermelho que contribuem para o aumento da qualidade da água. Todos os produtos da empresa têm certificação do Inmetro.
Dúvidas frequentes sobre o uso de purificadores
Com qual frequência o filtro do purificador deve ser trocado?
A frequência média irá depender da qualidade da água que está sendo purificada e a frequência de uso. Se a água a ser filtrada estiver de acordo com a portaria vigente nº 2914, do Ministério da Saúde, os testes realizados nos purificadores demonstram que a vida útil dos refis nos purificadores será de 600 e 1200 litros dependendo do tipo de purificador.
A que tipo de malefícios um consumidor que não troca o filtro na frequência recomendada pode estar exposto?
Após a vida útil do refil, ele torna-se saturado de contaminantes físico-químicos e microbiológicos e não oferece mais a garantia de qualidade da água que está sendo filtrada. Mesmo o refil apresentando vazão, não significa que ele ainda esteja funcionando com eficiência de remoção dos contaminantes.
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