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Racismo estrutural, desigualdade sistêmica e discriminação racial estão mais presentes na vida social e profissional dos pretos

Apesar de poucos declararem ter atitudes racistas, os pretos sentem a discriminação por meio de práticas que estão estruturadas socialmente. Segundo dados obtidos na terceira edição do estudo Oldiversity® realizado pelo Grupo Croma, 73% dos respondentes declaram que as empresas têm preconceito para contratar pretos; 69% de pessoas pretas já sofreram algum tipo de discriminação racial e 44% já foram vítimas de discriminação racial no ambiente de trabalho. De modo geral, os índices pioraram um pouco, quando foram comparados com a segunda edição do estudo, realizada em 2020. 

Segundo o PNAD, 47% dos brasileiros se declaram pardos e 9,1% pretos, a soma dos dois fatores compõem a maioria da população. Segundo Edmar Bulla, fundador do Grupo Croma e idealizador do estudo, “o racismo estrutural estampa diariamente uma desigualdade sistêmica que precisa de ações impactantes e contínuas para promover inclusão e justiça”. O especialista ainda completa: “O engajamento de governos, instituições, organizações e sociedade civil é fundamental no combate ao preconceito”.

Ainda com base nos dados do estudo, 22% admitem que às vezes têm atitudes consideradas racistas. Seja no ambiente social, seja no corporativo, ou mesmo nas redes,  as “piadinhas” e os  “comentários” ganharam uma proporção incontrolável, havendo, inclusive,  mensagens com ameaças de morte. 

Outro dado  aumentou se comparado à  edição de 2020:  6% dos respondentes declararam que acham estranho serem atendidos por pretos; na edição anterior, este número era de 4%. Mas qual a percepção do povo brasileiro em relação ao combate ao preconceito racial no atual governo? Entre os que acreditam que vai melhorar muito ou um pouco, somam-se 52% dos entrevistados. A estimativa mostra um otimismo em relação ao cenário apresentado. 

Embora exista um otimismo de pessoas pretas com o novo governo, quase metade da população acredita que nada vai mudar em relação ao preconceito, ou, num cenário mais pessimista, vai, até mesmo, piorar. A luta pela igualdade e pelo fim do racismo é uma bandeira de todos. A conscientização e o engajamento da sociedade são fundamentais para promover uma mudança significativa. 

Para Bulla, o setor corporativo de companhias e instituições reconhecidas no mercado deve se posicionar para coibir atitudes preconceituosas: “Empresas  e marcas devem adotar uma postura atuante para superar o preconceito em relação às pessoas pretas. A criação de debates, o estímulo ao respeito mútuo e a adoção de políticas de empregabilidade e de impacto social são elementos para a construção de uma sociedade mais inclusiva”. 

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