Connect with us

Coluna

UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL PARA O ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

dinheiro

O Projeto de Lei Complementar 283/2020 estabelece um teto máximo para cobrança antecipada do ICMS Substituição Tributária, bem como a devolução destes valores pagos a maior em até seis meses.

Diferentemente das denominadas “Reforma do IR” e “Reforma do PIS e COFINS” que também estão em tramitação no Congresso e cuja essência é mais uma vez apenas aumento da carga tributária.

Anuncio

Ivo Ricardo Lozekam

INTRODUÇÃO

Advertisement

O termo “Reforma Tributária” vem sendo empregado equivocadamente no Brasil, desde a época pós Constituição Federal de 1988. Sucessivas reformas, ao longo destas três décadas transcorridas até hoje, trouxeram como resultado prático, tão somente um novo aumento da carga a cada “Reforma”. A exceção foi por conta da criação do Simples Nacional, que até certo ponto beneficiou um leque considerável de pequenas empresas.

Vamos analisar os dois projetos que estão em tramitação no Congresso Nacional, e que são denominados equivocadamente de “Reforma Tributária”, quando na verdade tem como resultado tão somente a majoração e criação de alíquotas, aumentando novamente a carga tributária.

Segundo a frase atribuída a Albert Einsten: “A definição de insanidade é fazer sempre as mesmas coisas da mesma forma e esperar resultados diferentes”.

Por este motivo vamos também analisar o Projeto de Lei Complementar 283/2020, um projeto que não traz aumento de impostos, pelo contrário trata do ressarcimento do ICMS ST pago a maior, e por este fato, entendemos ser este sim um projeto que pode ser denominado de fato como um início de uma Reforma Tributária eficiente e eficaz.

Advertisement

Antes de prosseguirmos é importante registrar que este trabalho não visa criticar ou elogiar, qualquer governo atual ou passado, e sim trazer considerações de ordem prática realista e objetiva, procurando apresentar contribuições e soluções para a problemática apresentada.

CONTEXTO DA CARGA TRIBUTÁRIA

Quando da promulgação da Carta Magna em 1988, a carga tributária oficial divulgada pela Receita Federal no Brasil era de 23% do PIB (Produto Interno Bruto). Atualmente esta carga tributária oficial corresponde a 33% do PIB. Embora existam estudos comprovando ser maior do que este percentual. Considerando a carga tributária oficial admitida de 33% equivale a dizer que trabalhamos 4 meses por ano, ou 10 dias por mês para pagar impostos.

Além do sucessivo e continuo aumento da carga tributária, (veremos adiante que tanto a “Reforma do PIS e COFINS” quanto a “Reforma do Imposto de Renda” seguem neste linha e quanto aprovadas trarão novos aumentos) as maiores dificuldades no contexto tributário brasileiro são:

Advertisement
  1. O Excesso de regras.
  2. O Conflito entre si destas regras.
  3. A insegurança destas regras.
  4. A insegurança jurídica e a demora do judiciário quando provocado para tornar claras estas regras.

Reformar, é o ato de atribuir uma forma melhor, tornar algo novo, melhorar, corrigir. Dentro desta definição, as reformas tributárias dos últimos trinta anos têm de fato feito isto, só que estão melhorando e corrigindo para cima, aumentando imposto.

REFORMA DO IMPOSTO DE RENDA

A chamada “Reforma do Imposto de Renda, foi aprovada na Câmara dos Deputados Federais e agora vai para o Senado.

Em breves palavras a “Reforma do Imposto de Renda” diminuiu a taxação em 7 pontos percentuais do Imposto de Renda Pessoas Jurídicas, e criou a tributação de 15 pontos porcentuais sobre a distribuição de lucros que até então era isenta. Diminuiu 7 mas aumentou 15.

Só que não parou por aí. Esta mesma “Reforma do Imposto de Renda” extinguiu a possiblidade de dedução de juros do capital próprio do base de cálculo do Imposto de Renda das Empresas.

Advertisement

Explicando: Todo empreendimento para funcionar, ou expandir, precisa que os sócios coloquem dinheiro na empresa, façam o investimento o que normalmente ocorre como aumento do capital social, ou subscrição de ações.

É natural que o capital investido na empresa seja remunerado, afinal é um investimento como qualquer outro no mercado. Isso ocorre e deve continuar ocorrendo. O que a “Reforma do IR” fez foi quem que estes juros pagos pelas empresas e companhias aos sócios e acionistas deixa de ser dedutível do Imposto de Renda.


As empresas e companhias vão continuar pagando a remuneração do capital de seus investidores, porém o projeto da “Reforma do IR” impede que este pagamento seja dedutível do Imposto de Renda. Em outras palavras, trata-se de uma despesa sobre a qual as empresas e companhias deixarão de deduzir do Imposto de Renda. Sendo que o Imposto de Renda, como o nome já diz, deve incidir sobre a renda e não sobre o custo ou despesa.

Tributar capital investido nas empresas, tributar retirada de lucro, lembrando que atualmente no Brasil o Lucro já é tributado antes de ser retirado, todos estes pontos são negativos, pois aumentam a carga tributária, provocando a fuga de capitais tanto nacional quanto estrangeiros, desestimulando aquilo que o país mais precisa que é investimentos.

Advertisement

REFORMA DO PIS E COFINS

Já a chamada “Reforma Tributária do PIS e COFINS”, que tramita na Câmara através do Projeto de Lei 3887/2020, com o simples propósito de unificar o PIS e a COFINS, transformando em CBS, traz outro aumento de carga tributária para o Brasil embutido.

As alíquotas atuais para o PIS e COFINS para o sistema não cumulativo totalizam atualmente um percentual de 9,25%. Quando o PIS e COFINS forem unificados, conforme prevê o Projeto de Lei, eles passaram sob um passe de mágica a se chamar de CBS e a alíquota total da CBS, passará a ser, nada mais nada menos do que 12%. Ou seja, junta-se o PIS e COFINS, que passa a ter um nome só e aumenta a alíquota atual em 30%.

Ambos os exemplos acima podem ser qualquer coisa, menos reforma em favor do contribuinte. Podemos até admitir que seja reforma para melhor, no caso para melhorar a arrecadação, sob este ponto de vista entendermos estar correto o termo Reforma Tributária.

Advertisement

Temos uma tributação do IR de 15 por cento sobre os dividendos que outrora não existiam, enquanto a alíquota do IR cai 7 pontos. E temos um PIS e COFINS que ao se passar a chamar CBS vai de 9,25 para 12, portanto com aumento de 30%. Este é o resumo das duas “Reformas Tributárias” que se encontram em estágio mais avançado de tramitação no Congresso Nacional Brasileiro.

Como vimos, historicamente todas as Reformas, resultaram em aumento de Impostos, prova disto é que a carga tributária oficial em 1988 era de 23% e em 2021 é de 33% do PIB.

LUZ NO FIM DO TÚNEL

Tributar capital investido nas empresas, tributar retirada de lucro, lembrando que atualmente no Brasil o Lucro já é tributado antes de ser retirado, todos estes pontos são negativos, pois aumentam a carga tributária, provocando a fuga de capitais tanto nacional quanto estrangeiros, desestimulando aquilo que o país mais precisa que é investimentos.

Advertisement

No entanto, sempre há luz no final do túnel. O projeto de Lei Complementar 283/2020, tem uma diretriz diferente. Longe de querer aumentar impostos, e ciente de que a atual situação fiscal do governo não tem (ainda) espaço para redução, o projeto traz uma proposta diferente, o qual a nosso ver, pode ser considerado um projeto verdadeiro de reforma tributária.

Isto porque, cria regras e estabelece teto máximo para a cobrança antecipada do ICMS Substituição Tributária, bem como determina mecanismo para a restituição as empresas dos créditos fiscais decorrentes destes pagamentos antecipados.

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ATUALMENTE

A substituição tributária é uma modalidade de cobrança antecipada do ICMS. Ocorre no início da cadeia, em vários setores, dentre os quais podemos destacar os combustíveis, o açúcar, as bebidas, medicamentos, pneus, peças de veículos, entre outros tantos.

Advertisement

Sob o pretexto de facilitar a fiscalização, nestes produtos, realiza-se a cobrança antecipada do imposto, presumindo-se o preço de venda final que o mesmo terá ao chegar na ponta final para o consumidor.

Ocorre que este preço de venda presumido, raras vezes reflete o preço efetivamente praticado na ponta final. Este fato gerador presumido tem sido utilizado de forma generalizada como instrumento para gerar receitas antecipadas.

O professor Kiyoshi Harada, em sua obra “ICMS – Doutrina e Prática” Editora Atlas 2019, ao se referir a problemática da substituição tributária, escreve que: “Os Estados exacerbam esta base de cálculo, de forma desproporcional aos preços praticados efetivamente no mercado consumidor, com a finalidade de arrecadar em definitivo e antecipadamente o ICMS em montante elevado e irreal” Pág. 273.

O PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR 283/2020

Advertisement

Este projeto de lei simplifica e harmoniza procedimentos ao estabelecer uma margem máxima para cobrança antecipada do ICMS substituição tributária, de 10%, ao mesmo tempo que prevê um prazo de seis meses para que a empresa possa creditar ou emitir nota de transferência para outras empresas do crédito gerado de ICMS, decorrente do imposto pago a maior antecipadamente por substituição tributária.


Vamos convir que em tese, não deveria o contribuinte pagar antecipadamente algo que não deve para depois solicitar devolução. Mas o projeto foi sensível a questão fiscal que assola a maioria dos entes federativos, e limitou-se a prever aquilo que seria factível dentro de uma razoabilidade e capacidade fiscal.

O que se espera, primeiramente é o bom senso dos apreciadores do projeto para que concluam que é algo razoável e factível no curto prazo, pela sua simplicidade, longe de grandes projetos que alteram toda a matriz tributária nacional.

Outros projetos maiores de reforma também estão tramitação, mas como pretendem unificar 27 legislações diferentes de ICMS (pois hoje temos uma para cada unidade da federação) e fundir estas 27 legislações diferentes do ICMS com as mais de 5.000 legislações de ISS (uma para cada município brasileiro), não resta dúvidas que será uma discussão lenta e demorada, dada a complexidade.

Advertisement

Alguns destes projetos tem até um período de transição previsto de mais de 10 anos, convivendo com dois modelos paralelos, o que a nosso ver geraria mais complexidade ainda.

O Projeto de Lei Complementar 283/2020 é muito simples, e ao mesmo tempo sensível e coerente, ao não acabar com a antecipação de imposto ICMS – ST, o que afetaria de pleno o caixa combalido dos entes federativos atuais arrecadadores deste imposto.

O Projeto prevê, um limite para esta cobrança de imposto antecipado, e um prazo para sua devolução, no caso de seis meses. O imposto pago a maior ao voltar para as empresas, faz com que este recurso caia novamente no mercado, e retorne novamente para a economia e consequentemente para volte a arrecadar mais impostos.

Além do que vai facilitar o dia a dia dos contribuintes, descomplicando os procedimentos, no entanto sem perdas para a arrecadação para o Estado. Projetos desta envergadura, possibilitam sim melhorar a produtividade do ambiente de negócios do Brasil, por isso que este sim, deve ser chamado de mini “Reforma Tributária do ICMS ST”, pois vai na contramão dos outros dois projetos acima citados, cujo resultado é apenas e tão simplesmente o aumento da carga tributária.

Advertisement

Ivo Ricardo Lozekam

Tributarista. Diretor do Grupo LZ Fiscal. Articulista da IOB, Thomson Reuters entre outras.

Membro da Associação Paulista de Estudos Tributários e do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.

Advertisement

COMPARTILHE NAS REDES SOCIAIS
Compartilhar no Facebook

Lei Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização previa do Portal Hortolandia . Lei nº 9610/98

Coluna

A alimentação e a economia circular 

Dia Mundial da Alimentação

Você já se perguntou de onde vem a comida que vai parar no seu prato? Se aquilo que você come vem de perto ou não? Se é mesmo saudável ou fresco? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os alimentos in natura, ou minimamente processados, são a base ideal de uma alimentação adequada. Eles são obtidos diretamente de plantas ou animais, com o mínimo ou nenhum tipo de processamento.

Ao sairmos em busca desses ingredientes nas compras, nossa preocupação deve se estender para além do sabor e da qualidade. Ponderamos o preço dos produtos, a distância até o local de compra, o tempo de deslocamento, o que engloba a emissão de carbono neste transporte, e diversos outros fatores que fazem parte da equação de um consumo mais sustentável. Estes são somente alguns dos muitos aspectos que nos possibilitam pensar a relação entre alimentação e Economia Circular.

Anuncio

Ao falarmos sobre economia circular na alimentação, não podemos deixar de mencionar a importância de reduzir o desperdício e repensar o ciclo de vida dos alimentos. Isso inclui a maneira como lidamos com resíduos e embalagens. A busca por alimentos não embalados, ou que utilizem embalagens sustentáveis, em conjunto com a redução do desperdício são elementos-chave desta equação.

Ao olharmos para o nosso prato de comida, todos os dias, devemos celebrar. Ele é resultado do trabalho de dezenas, centenas de pessoas em parceria com o ambiente. Conhecer cada melhor toda essa cadeia, da produção ao eventual descarte, deve nos fazer refletir sobre questões éticas relacionadas à disponibilidade, ao acesso e, ao mesmo tempo, a todo o desperdício que ainda existe.

Advertisement

Afinal, a circularidade não se limita apenas à produção de alimentos, mas também ao que fazemos com as sobras de comida e embalagens após o consumo. A adoção de práticas de “lixo zero” em nossas casas e o apoio a iniciativas de reciclagem e reutilização de embalagens contribuem significativamente para a construção de uma economia mais circular e sustentável.

Podemos e devemos fazer melhores escolhas todos os dias. É um aprendizado permanente na direção de zerar a quantidade de resíduos que produzimos e garantir acesso a alimentação saudável e de qualidade para todos. Ou seja, uma alimentação circular enquanto garantia de qualidade ambiental e direito humano.

*Edson Grandisoli é embaixador e coordenador pedagógico do Movimento Circular, Mestre em Ecologia, Doutor em Educação e Sustentabilidade pela Universidade de São Paulo (USP), Pós-Doutor pelo Programa Cidades Globais (IEA-USP) e especialista em Economia Circular pela UNSCC da ONU. É também co-idealizador do Movimento Escolas pelo Clima, pesquisador na área de Educação e editor adjunto da Revista Ambiente & Sociedade.

Advertisement

COMPARTILHE NAS REDES SOCIAIS
Compartilhar no Facebook

Lei Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização previa do Portal Hortolandia . Lei nº 9610/98
Continue Reading

Coluna

A vida é muito curta para ser pequena

clube-luta

Temos empregos que odiamos para comprar coisas que não precisamos.

Tyler Durden, de “O clube da Luta”

Anuncio

Outro dia eu tinha dezessete anos, estava aprovado no vestibular e tinha a vida toda pela frente; hoje acordei com sessenta anos e, olhando para trás, percebi que “de zero a dez” minha vida é no máximo nota quatro.

É verdade que tenho filhos de caráter e formação extraordinários, mas o mérito é grandemente da Celinha, do Notre Dame e da espiritualidade que envolvia a escola, do CISV, que abriu um mundo de possibilidades para eles e das relações afetivas e acolhedoras da família.

Advertisement

Transcrevo os versos do Cazuza, Poeta da minha geração, para descrever o que senti na manhã que acordei surpreso com sessenta anos:

Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Ah, eu nem acredito

Que aquele garoto que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do Grand Monde

Fato é que o tempo aqui no planeta é bem curtinho e acabamos desperdiçando o nosso tempo em coisas das quais não gostamos e deixando “para depois” aquilo que de fato amamos, sentimento sintetizado pelo poema dos Titãs:

Advertisement

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr

Assustado com a minha condição de idoso – definida pela Lei Federal 10741/2003, mais conhecida como Estatuto do Idoso -, tenho “pensado na vida”, no caminho que percorri, no caminhar e nas companhias.

Advertisement

A nossa vida é marcada pelo tempo e pelo medo, pelo tempo que nos resta e pelo medo de não alcançarmos sucesso; tenho tido flashes de momentos que tiveram ou tem significado na caminhada; lembrei de uma conversa que tive com o meu tio Chico dentro da piscina da casa dele; ele me perguntou: “Você está feliz com a faculdade, gostando do curso?”, respondi afirmativamente, mas ressalvei “tenho medo apenas da mediocridade”; ele respondeu: “esse é um medo bom. Estude, estude mais e depois estude mais um pouco, mas não apenas Direito”, depois desse conselho o medo passou.

Mas o fato é que, aos sessenta anos, o tempo que gastei, cooptado pela lógica médio-classista, me fez correr atrás de coisas que não tem relevância alguma; e, o que mais tem “doído”, é a certeza de que gastei tempo demais colocando meu apenas o conhecimento e a alma para solucionar questões que não me diziam respeito, especialmente no âmbito profissional; e a retribuição? nada além dos honorários e algumas vezes nem isso.

O susto me alertou não apenas de que a vida é curta, mas que eu gastei tempo demais com coisas desnecessárias; a ideia de finitude e mortalidade não me perturba, apenas não quero mais gastar tempo de forma equivocada. A consciência da mortalidade não é negativa, pois como disse o Cortella: “é essa consciência que nos desperta da letargia”, algumas pessoas, contudo – e não são poucas – se distraem em relação a isso e como escreveu Chico Buarque:

Vida, minha vidaOlha o que é que eu fizDeixei a fatia mais doce da vidaNa mesa dos homens de vida vaziaMas, vida, ali, quem sabe, eu fui feliz

Advertisement

Tive uma sócia, de triste lembrança, que dizia: “não conheço ninguém que goste tanto de voltar para casa após o trabalho”, ela dizia isso porque, raramente, eu participava de happy hours; de fato, prefiro voltar para casa; gostava de encontrar os meninos, a Celinha, o Jow, o Tommy, o Ditão e o Marreta (nossos cachorros, que estiveram conosco por todo o tempo de suas vidas), meus livros e o caos criativo e criador que uma casa cheia de histórias nos oferece.

Passei tempo demais vivendo uma vida pequena, no ritmo das pequenas coisas falsamente urgentes e deixando de lado o que é de fato importante. Podemos ser condescendes conosco – o que é, inclusive uma tendência humana, tão humana -, e dizer que vivemos um tempo quem que tudo é apressado, que temos uma agenda lotada de compromissos profissionais e sociais, que a conectividade exige de nós insanidade, etc e tal; tudo isso é verdade, mas o fato é que tudo na vida são escolhas nossas.

Escolhas ruins, nos levam a caminhos ruins e a resultados piores ainda.

Observo as novas gerações, escravos e escravas do número de “likes” e “unlikes” que se tem, isso faz com que haja não só ausência de tempo, mas uma perda de tempo. Não se trata de afirmar que toda rede social e tecnologia é ruim e seja, em si, uma perda de tempo, mas a não utilização com parcimônia, inteligência e uma medida boa, faz com que se perca um tempo imenso ao dar retorno apenas para não chatear a outra pessoa. Isso faz com que, a vida que é curta, vá se apequenando exatamente pela ausência de capacidade de cuidar daquilo que é importante. Mas a questão do uso da tecnologia vamos tratar noutro momento.

Advertisement

A reflexão de hoje caminha, mesmo que caótica, para chegar a uma frase de Benjamin Disraeli, 1.º Conde de Beaconsfield, que foi um político Conservador britânico, escritor, aristocrata, além de Primeiro-Ministro do Reino Unido em duas ocasiões: “A vida é muito curta para ser pequena”.

Pedro Benedito Maciel Neto, 60, advogado e pontepretano, sócio da www.macielneto.adv.br[email protected]

COMPARTILHE NAS REDES SOCIAIS
Compartilhar no Facebook

Lei Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização previa do Portal Hortolandia . Lei nº 9610/98
Continue Reading

Coluna

Combate à Prostituição Infantil: Desafio Brasileiro

prostituicao

O Brasil enfrenta um desafio persistente no combate à prostituição infantil, um problema social grave que afeta crianças e adolescentes em todo o país. Segundo dados da Polícia Federal, as ocorrências de exploração sexual de menores têm mostrado números alarmantes, exigindo ações efetivas tanto das autoridades quanto da sociedade civil. A prostituição infantil, além de ser um crime hediondo, viola direitos fundamentais, colocando em risco o futuro de muitos jovens brasileiros.

A complexidade desse fenômeno é evidente, dada a sua relação intrínseca com fatores como pobreza, falta de educação e vulnerabilidade social. Em muitos casos, crianças são coagidas ou seduzidas para a prática, encontrando na prostituição uma falsa saída para problemas econômicos e familiares. O governo brasileiro, em parceria com organizações não-governamentais, tem desenvolvido programas de prevenção e conscientização, visando educar a população sobre os perigos e as consequências legais envolvidas.

Anuncio

As operações de repressão, lideradas pela Polícia Federal em conjunto com as polícias estaduais, são fundamentais para o combate direto à prostituição infantil. Através de investigações e ações de inteligência, muitas redes de exploração sexual de menores têm sido desarticuladas. Estas operações frequentemente revelam a conexão de tais redes com outros crimes, como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, ampliando o escopo da luta contra a exploração sexual infantil.

A legislação brasileira é rigorosa no que diz respeito à prostituição infantil. A pena para quem explora sexualmente crianças e adolescentes pode chegar a 10 anos de prisão. No entanto, a eficácia da lei depende de sua aplicação consistente e de um sistema judiciário ágil. O fortalecimento das instituições responsáveis por garantir a justiça é, portanto, um aspecto crucial na luta contra essa chaga social.

Advertisement

Além da ação governamental e policial, é essencial o envolvimento da sociedade. A conscientização pública sobre a gravidade da prostituição infantil e a promoção de uma cultura de proteção aos direitos das crianças e adolescentes são passos fundamentais para erradicar esse mal. O engajamento da mídia, a educação e o apoio da comunidade são ferramentas valiosas nesse processo.

COMPARTILHE NAS REDES SOCIAIS
Compartilhar no Facebook

Lei Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização previa do Portal Hortolandia . Lei nº 9610/98
Continue Reading

Noticias

diminuir o calor dentro de casa diminuir o calor dentro de casa
Nossa Cidade1 hora ago

Calorão bate 32ºC e deve subir mais na próxima semana em Hortolândia

A previsão para a sexta-feira (26) é de predomínio de céu claro pela manhã e à noite, mas períodos de...

sp101 sp101
Nossa Região2 horas ago

SP 101 vai ganhar passarela, confira:

A Rodovias do Tietê, concessionária responsável pela administração das rodovias que formam o Corredor Leste da Rodovias do Tietê, inicia...

concurso concurso
Brasil6 horas ago

Local de prova do Concurso Unificado é divulgado hoje

Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) disponibiliza, nesta quinta-feira (25), às 10h, o Cartão de Confirmação...

Mega-Sena Mega-Sena
Brasil7 horas ago

Mega-Sena sorteia hoje prêmio estimado em R$ 6 milhões

Na noite desta quinta-feira (25), ocorre o sorteio da Mega-Sena, concurso número 2717, com prêmio principal estimado em R$ 6...

Dia Mundial da Água Dia Mundial da Água
Nossa Região8 horas ago

O reúso da água é tema de seminário técnico voltado para a indústria da região de Campinas

Em 23 de maio, às vésperas do Dia da Indústria (25/05), será realizado o seminário técnico Conexão Opersan, especialmente desenvolvido para...

campeonato de boxe melhor idade campeonato de boxe melhor idade
Esportes19 horas ago

Melhor idade de Hortolândia competem em campeonato de Boxe

Luvas, protetor bucal, capacete e coletes de proteção são alguns dos equipamentos que os idosos de Hortolândia usarão no 1º...

Modernização no Campo do Rosolém Modernização no Campo do Rosolém
Nossa Cidade22 horas ago

Modernização no Campo do Rosolém para receber jogos do futebol amador da cidade

A modernização no Campo do Rosolém, que é o principal palco do futebol amador em Hortolândia, proporcionará uma nova aparência...

Advertisement
cinema

Populares