Iniciativa pública incentiva leitura de alunos da rede municipal de ensino da cidade nas férias
Para incentivar a leitura nas férias, a Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria Municipal de Educação, doou 36 mil exemplares aos estudantes de 24 unidades da rede municipal de ensino, no segundo semestre de 2013. A entrada dos exemplares foi concluída em dezembro, o último mês de aulas.
As publicações foram escritas pela professora e doutora Luciene Regina Paulino Tognetta e integram a coleção “Pode Não Pode”, Editora Adonis, de Americana. Os livros “As Cinco Saias” e “Casa de Vó e de Vô” foram entregues aos alunos do jardim 1. Os demais títulos, como “Doidera de Galo À Toa” e “Cospe Fogo O Dragão”, têm como público-alvo alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental.
Os títulos tratam de temas como autonomia, regras, respeito as diferenças, limitações e valorização da aprendizagem de cada criança. Os assuntos foram trabalhos ao longo do ano por meio de diversas ações, como a formação de professores e a contação de histórias. “As Cinco Saias”, por exemplo, conta a história de cinco amigas, sendo que uma delas, para jogar futebol, prefere usar shorts. Já “Casa de Vó e de Vô” e “Doidera de Galo À Toa” tratam de regras. E “Cospe Fogo O Dragão” mostra a história de um dragão que fala antes de pensar e vive “cuspindo fogo” ao seu redor.
A iniciativa integra o programa “Hortolendo: Uma Cidade Que Lê”, política pública de formação de leitores realizada em parceria entre as secretarias de Educação e Cultura. “Estes livros falam da formação para a cidadania, da convivência humana, de respeito aos outros, de regras em sociedade. Sem regras, não conseguimos conviver bem com o outro. Tudo o que nós, adultos, fazemos, serve de modelo para as crianças. Precisamos ensiná-los a ser bons filhos e filhas, bons amigos e cidadãos no futuro. É um projeto ao longo dos anos”, destaca a secretária de Educação, Cleudice Baldo Meira.
Contação
Além da doação dos livros, a Prefeitura de Hortolândia estabeleceu com a Editora Adonis uma parceria que garantiu a presença de contadores de histórias em todas as escolas da rede ao longo de 2013, em momentos especiais e lúdicos de contato com os pequenos leitores.
Gabriela Guedes, estudante de Pedagogia e contadora de histórias há seis anos, diz que o objetivo da iniciativa foi trazer o mundo lúdico para a criança, num ambiente em que a tecnologia predomina. “A contação aproxima as crianças do contador e delas mesmas”, completa.
A pedagoga Elisabete Almeida, educadora física que virou contadora, salienta que a meta foi levar as crianças para o mundo encantado das histórias, desde o cenário até a própria história.
Para a vice-diretora da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Zenaide Ferreira de Lira Seorlin, no Remanso Campineiro, Solange Cachemiro Ferreira de Biazzio, a ação foi produtiva. “Ela envolveu, além das crianças, também os profissionais da educação e os pais. Houve uma conversa com os pais e a autora, os educadores e professores. Puderam esclarecer as dúvidas e ficaram agradecidos por saná-las. A escola e a família puderam travar este diálogo mais próximo com relação ao estabelecimento de regras, limites e deveres de natureza moral da criança”, salienta.
Fonte: O Liberal
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