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Condutora de ônibus urbano em Hortolândia mostra que está ultrapassado o conceito de profissões consideradas masculinas

Alessandra conduz ônibus da linha 3.94 e coleciona história de sucesso por traz do volante

Faz 3 anos que Alessandra da Silva Félix transporta milhares de passageiros em Hortolândia, cidade que adotou como lar há 22 anos.  A motorista de ônibus, nascida em 1979  na cidade paranaense de São João do Ivaí, fala com orgulho por ser a única mulher na direção de um veículo do transporte público municipal. No mês da mulher, a Prefeitura de Hortolândia traz o perfil desta profissional, que assim todas as outras trabalhadoras, desempenham com dedicação suas atribuições. Por trás da cansativa rotina de trabalho no trânsito, Alessandra coleciona, diariamente, histórias e bons momentos no comando do volante da linha 3.94, que sai do Terminal Metropolitano com destino ao Jardim Santa Esmeralda.

“Está no sangue e é de família essa paixão por conduzir veículos pesados. Sempre quis atuar nesta profissão que estou hoje. Meu pai é motorista de caminhão, meu irmão e minha prima são motoristas de ônibus. Acho que isso foi um incentivo natural, por todo este envolvimento. Hoje, estou muito feliz e satisfeita, não penso em trocar de profissão”, comenta Alessandra.

Comentários machistas? De acordo com a motorista, eles já chegaram a acontecer e, com jogo de cintura, ela tira de letra. “Certa vez, um passageiro deu sinal, quando parei no ponto e ao abrir a porta do ônibus ele ficou surpreso e soltou o comentário: ‘Uma mulher? não vou não’, e realmente não entrou no ônibus. Levei na esportiva, pois sei a capacidade que tenho como profissional. Essas coisas não são comuns mas, se acontecerem, não podemos nos abater e devemos continuar focadas”, explica.

ROTINA DE TRABALHO

A rotina da motorista de ônibus é igual a de qualquer trabalhador, mas, de acordo com ela, a paciência e o dobro de cuidado para evitar acidentes são complementos essenciais para se dar bem na profissão. “Chego cedo à garagem e já vou direto ao meu veículo. O pensamento sempre é positivo, que o dia de trabalho será proveitoso. Além da atenção no trânsito e a paciência dobrada, também procuro estar sempre feliz, com o sorriso no rosto. Isso é o diferencial e essencial para viagens mais leves”, enfatiza Alessandra.

Alessandra e todas as mulheres provam, a cada dia, que não existem mais profissões consideradas “masculinas”. As dificuldades são para todos, mas foco e superação estão no dicionário destas mulheres que ousam sonhar e fazem a diferença no dia-a-dia da sociedade. “Sonhe e busque realizar o que deseja. Ter foco, comprometimento e um amor imenso é o combustível para nossa profissão. Receber os elogios dos passageiros, no meu caso, não tem preço, mas desejo toda a força do mundo para as mulheres que buscam seus caminhos, em qualquer área”, aconselha. 

 

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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