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Centenas de profissionais da Educação participam de Seminário internacional sobre uso de linguagem e tecnologia em sala de aula

Promovido pela Prefeitura, em parceria com a Unicamp, evento aconteceu, nesta quinta-feira (31/10) no Druds Hotel, no Parque Gabriel

Centenas de profissionais da Educação participam de Seminário internacional sobre uso de linguagem e tecnologia em sala de aula

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Cerca de 300 profissionais da rede municipal de Educação de Hortolândia, entre professores, educadores infantis e gestores, participaram, na noite da quinta-feira (31/10), do 1º Seminário Internacional “Linguagem e Tecnologia com e na Prática de Professores em Exercício”. Realizado pela Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Educação, em parceira com a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o evento aconteceu no saguão de eventos do Druds Hotel, no Parque Gabriel, e contou com a presença da secretária de Educação, Cleudice Baldo Meira.

O seminário faz parte de uma formação gratuita oferecida aos profissionais da rede municipal de Educação, a ser realizada em três módulos. O objetivo é permitir o compartilhamento de experiências na área de ensino da linguagem com a utilização de tecnologia, além de possibilitar o intercâmbio de experiências, com vistas a futuras parcerias entre os envolvidos.

“É uma grande oportunidade estar aqui hoje com um número tão grande de professores inscritos. Foram mais de 300, em menos de 20 dias, o que mostra que nossos professores, além de estarem empenhados em aprimoramento profissional, são incentivados a oferecer o melhor para nossos alunos”, destacou a secretária Cleudice Meira.

A participação no seminário deu direito a certificado. Cada educador municipal inscrito ganhou da Secretaria um exemplar do livro que será utilizado durante a formação.

Coordenador pedagógico no Centro de Formação dos Profissionais da Educação Paulo Freire, Alcides Xavier da Silva, afirmou que as expectativas com relação à formação eram as melhores possíveis. “Hoje não há como fugir dos ambientes digitais. Precisam estar integrados à educação. Participar vai ser muito importante por ser um conhecimento a mais, já que nem todos os profissionais puderam se inscrever nesta edição. Assim, podemos multiplicar este conhecimento”, destaca.

Professora do 1º ano da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Armelinda Espúrio da Silva, no Jardim Nossa Senhora de Fátima, Márcia Araújo também estava entusiasmada. “Estamos numa era digital, de tecnologias. Vamos aprimorar nossos conhecimentos para usar em sala e proporcionar o crescimento da aprendizagem”, afirmou. “O professor precisa estar inserido neste mundo para melhor inserir as crianças nele também”, destacou a educadora.

“Os alunos têm acesso à tecnologia em casa. Hoje em dia é difícil competir. É preciso se aliar a elas”, lembra a professora do 2º ano da Emef Villagio Ghiraldelli, Ana Paula Belintani. “Sempre buscamos fazer novos cursos para melhorar o trabalho em sala no dia a dia”, afirma. A colega, professora do 1º ano na mesma escola, Rosângela Antunes de Lima Santos, assinala que o computador é uma “ferramenta pela qual os alunos têm paixão. Eles aprendem brincando, de forma lúdica”.

Uso de tecnologia em sala de aula

Na palestra de abertura, a Profª Drª Denise Bértoli Braga, docente do IEL (Instituto de Estudos da Linguagem) da Unicamp, autora do livro “Ambientes Digitais: reflexões teóricas e práticas”, falou sobre a relevância do uso da tecnologia no processo de ensino/aprendizagem. Em seguida, a Profª Drª Ana Sevilla, da UPV (Universidad Politecnica de Valencia), na Espanha, integrante do CAMILLE, grupo de pesquisa do Departamento de Linguística Aplicada, pioneiro na utilização das tecnologias da informação e comunicação no ensino de línguas, fez um breve relato sobre como será o segundo módulo da formação “Aprendizagem Assistida por Computador”.

“A tecnologia dá para o aluno a chance de aprender fora da escola. Uma das funções da escola é ensinar às crianças a usarem esta tecnologia para estudo independente. Ela dá uma fonte ilimitada de materiais e, se a escola tiver projetos como os que eu sugiro no livro, as crianças vão poder fazer uma coisa fantástica, que é produzir conhecimento, porque informação a internet dá. A gente não precisa mais socar informação na cabeça das crianças. Elas têm que saber como usar esta informação para transformar em conhecimento e fazer deste conhecimento uma ferramenta de melhoria do seu cotidiano. Isto é cidadania”, explica a Profª Drª Denise Braga.

“O que eu tentei mostrar no livro é que, dependo do que você vai trabalhar, você tem diferentes ferramentas em diferentes ambientes digitais. Se você usa um AVA, que é um ambiente virtual, ele foi construído, pensado na prática na sala de aula presencial. Se você usa um blog, ele tem outros recursos que um AVA não tem. Se você usa o Facebook, ele tem recursos que um blog não tem”, complementou.

“Os professores nunca serão substituídos pela tecnologia”, avalia a Profª Drª Ana Sevilla. “Muito pelo contrário! Realmente, estas tecnologias não valem nada sem que tenham um professor e um profissional por trás para fazer a criação de metodologias, conteúdos e, mesmo na questão pessoal, não vão substituir esta relação de comunicação visual com a pessoa, da relação presencial. Um não vai substituir o outro. São duas maneiras, que também podem ser híbridas, porque podem ser semi presenciais”, esclarece a pesquisadora.

“Às vezes, há certa resistência, por parte do professor, quanto ao uso de tecnologia para fins pedagógicos. Mas, creio que isto acontece, não porque ele não queira melhorar ou inovar, mas por medo mesmo. Como está mudando o papel do professor, ele se sente perdendo o controle, sem apoio por parte das instituições, sem os recursos tecnológicos que precisariam nem cursos de formação de professores sobre o uso de tecnologia. Por isso, acho importante uma iniciativa como esta. Embora humilde, pequena, são 30 horas, é importante para começar a conscientizar o professor e dar este apoio. Com este apoio, este conhecimento e domínio, eles não vão mais ter este medo do desconhecido”, avalia a Profª Drª Ana Sevilla.

Fonte: Assessoria de Comunicação / Prefeitura de Hortolândia

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