A economia brasileira registrou um crescimento modesto de 0,1% no terceiro trimestre de 2023, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este avanço, embora pequeno, marca um retorno ao maior patamar da série histórica, situando o Produto Interno Bruto (PIB) 7,2% acima do nível pré-pandemia, um resultado que superou as expectativas do mercado.
O PIB, alcançando R$ 2,741 trilhões em valores correntes, reflete um crescimento acumulado de 3,2% nos primeiros nove meses do ano, comparado ao mesmo período do ano anterior. Este é o terceiro trimestre consecutivo de crescimento, uma tendência positiva apesar da desaceleração observada.
O setor agropecuário, no entanto, enfrentou uma desaceleração significativa, com uma queda de 3,3% em relação ao trimestre anterior. Este recuo é atribuído ao fim da safra recorde de soja, a principal lavoura do país. Apesar disso, a agropecuária ainda registra um crescimento acumulado de 18,1% em 2023, contribuindo positivamente para a economia.
Os setores de serviços e indústria também apresentaram crescimento. O setor de serviços, vital para a geração de empregos no país, cresceu 0,6%, impulsionado principalmente pelas atividades financeiras, seguros, imobiliárias e comunicação. A indústria, por sua vez, registrou um aumento igualmente de 0,6%, destacando-se nas atividades de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos.
Por outro lado, o consumo das famílias brasileiras continua a crescer, registrando um aumento de 1,1% no trimestre, impulsionado por políticas de transferência de renda e melhorias no mercado de trabalho. No entanto, os investimentos sofreram uma queda de 2,5%, refletindo a cautela diante dos juros ainda elevados. A exportação brasileira, por outro lado, teve um desempenho robusto, crescendo 10% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as importações registraram uma queda significativa.
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