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Fusão nuclear: Brasil entra na corrida pela energia infinita

O Brasil deu um passo importante rumo à fusão nuclear, uma tecnologia que promete gerar energia infinita de forma limpa, segura e praticamente inesgotável. Especialistas e instituições do país estão desenvolvendo um projeto de “sol artificial”, com apoio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O que é a energia infinita gerada pela fusão nuclear

Diferente da fissão nuclear – usada em usinas como a de Angra dos Reis – a fusão nuclear não gera lixo radioativo, utiliza recursos abundantes e tem baixo risco de acidentes. Essa tecnologia simula o mesmo processo que ocorre no interior do Sol, unindo núcleos de átomos leves para liberar enormes quantidades de energia.

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Segundo o físico Gustavo Canal, um dos idealizadores do projeto brasileiro, apenas 1 kg de combustível de fusão pode gerar energia suficiente para abastecer uma cidade por um ano. O elemento principal é o deutério, encontrado em abundância na água do mar.

Como funciona o “sol artificial”

O processo envolve aquecer o combustível até atingir o plasma, o quarto estado da matéria. Esse plasma supera temperaturas de 100 milhões de graus Celsius e precisa ser mantido sob controle com campos magnéticos extremamente potentes. O objetivo é criar um reator estável capaz de produzir energia continuamente.

Para se ter ideia do potencial, apenas 0,001% da água do mar contém deutério suficiente para abastecer reatores por dezenas de milhares de anos.

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Projeto nacional de fusão nuclear

A proposta brasileira já está em análise pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. O plano envolve a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento focado em fusão nuclear, com intercâmbio internacional e capacitação de profissionais.

De acordo com a reportagem da CNN Brasil, a pressão por fontes sustentáveis aumentou com a expansão de data centers, carros elétricos e a própria transição energética global. O Brasil busca se posicionar como um dos líderes nessa nova fronteira energética.

Desafios e expectativas

Apesar do alto potencial, o custo e a complexidade ainda são obstáculos. Mesmo países como Estados Unidos e China enfrentam dificuldades para viabilizar a fusão nuclear comercialmente. No entanto, os avanços recentes aumentam a confiança da comunidade científica de que, na próxima década, a fusão será uma realidade.

Gustavo Canal destaca que, além dos benefícios energéticos, o desenvolvimento dessa tecnologia gera inovação, empregos e posicionamento estratégico global para o Brasil.

Brasil pode liderar?

O país possui tradição em pesquisa nuclear e centros acadêmicos capacitados. A entrada do Brasil na corrida pela energia infinita reforça o compromisso com soluções sustentáveis de longo prazo, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 7 (energia limpa e acessível).


Perguntas frequentes (FAQ)

O que é energia infinita?
É uma forma de energia limpa e praticamente inesgotável, gerada por fusão nuclear, usando elementos abundantes como o deutério da água do mar.

Fusão nuclear é segura?
Sim. Ao contrário da fissão, a fusão não gera resíduos radioativos de longa duração e tem menor risco de acidentes graves.

Quando a fusão nuclear estará disponível comercialmente?
Especialistas preveem que os primeiros reatores comerciais devem começar a operar na próxima década, mas os testes em larga escala ainda estão em andamento.

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