A Polícia Federal (PF) finalizou nesta quinta-feira (21) o inquérito que investigava uma organização criminosa acusada de planejar ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice, Geraldo Alckmin, em 2022. A tentativa visava evitar a sucessão do então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições.
O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e lista diversos indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Bolsonaro e os demais indiciados
Entre os principais nomes estão Jair Bolsonaro, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), os ex-ministros Anderson Torres e Augusto Heleno, além do tenente-coronel Mauro Cid, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro Braga Netto.
Além deles, 29 outras pessoas foram indiciadas, incluindo figuras públicas e militares. Entre os citados estão Ailton Gonçalves Moraes Barros, Bernardo Correa Netto, Filipe Martins e Tércio Arnaud Tomaz.
A investigação apontou que os envolvidos estruturaram suas ações por meio de divisão de tarefas, o que possibilitou identificar ao menos seis núcleos operacionais:
- Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral
- Incitação de Militares ao Golpe de Estado
- Apoio Jurídico às Ações
- Operacional de Apoio às Ações Golpistas
- Inteligência Paralela
- Operações para Medidas Coercitivas
De acordo com a PF, as provas contra os envolvidos foram obtidas por meio de diversas diligências ao longo de quase dois anos, como quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de buscas, apreensões e colaborações premiadas autorizadas pela Justiça.
“Com a entrega do relatório, a Polícia Federal encerra as investigações referentes às tentativas de golpe de Estado e à abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, informou a instituição.
Fonte: Agência Brasil
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