A saga ‘Jogos Vorazes’ chegou aos cinemas com uma legião de fãs dos livros, porém, a Lionsgate deu para o diretor Gary Ross, ‘apenas’ 75 milhões de dólares. Não era um valor baixo, mas está longe dos 130 milhões de ‘Em Chamas’ e ‘A Esperança – Partes 1 e 2’. Ou seja, além da população dos distritos seguirem Katniss até o fim, os espectadores também compraram sua ideia.
Com a divisão deste terceiro capítulo em dois filmes, o diretor Francis Lawrence pôde trabalhar melhor seus personagens e dar a chance dos coadjuvantes terem mais espaço. Se na primeira parte tivemos mais diálogos e menos ação, este desfecho segue outra linha. O clima de tensão entre os distritos e a capital é quase palpável, tanto que poucas vidas são poupadas.
A manipulação da mídia – o que entra e o que sai da programação? Quem é o vilão e o mocinho da vez? – está lá, tão escancarado quanto ans grades das emissoras abertas nacionais, o governo opressor também, mas o povo, cheio de ira e vontade de retomar o que é dele de direito, bate de frente com o sistema.
O triângulo amoroso convence como já havia convencido há tempos, mas além deste problema, Katniss deve pensar se é a pessoa certa para tomar a frente daquela revolução, pois sabe que perderá pessoas queridas nesta luta – e esse conflito é o maior trunfo de toda a saga.
Katniss ainda tem os hematomas da briga com Peeta, mas decide ir para o Distrito 2. Agora, todos os Distritos se unem para acabar com a Capital e ela, junta uma equipe para ir até a mansão de Snow e acabar com ele. Mas chegar até lá, será um problema que terão que enfrentar sem perder suas vidas.
Com grandiosos cenários, efeitos especiais de primeira e ação de tirar o fôlego, além de certa claustrofobia em determinado ponto dessa guerra, ‘Jogos Vorazes: A Esperança – O Final’ peca nos cinco minutos finais e nos faz lembrar que Hollywood ainda precisa de muitos anos para ter a coragem de mostrar que, nem sempre, as pessoas terminam com finais felizes.
Por Éder de Oliveira
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