Jaume Collet-Serra sempre flertou com o suspense, seja dirigindo, produzindo ou roteirizando e ao pegar uma premissa simples, com um elenco bastante reduzido e ter em Blake Lively seu ponto de apoio principal, conseguiu fazer seu trabalho mais sucinto e respeitável.
‘Águas Rasas’ tem apenas 86 minutos e isso é um ponto positivo, além disso faz a espinha dos espectadores alheios congelarem conforme o tempo passa. Existem inúmeros clichês – e você verá muito de ‘Tubarão’ por aqui, mas tudo é dosada e pensado minuciosamente. A fotografia e as tomadas abertas são outro deleite e ajudam na concepção visual do longa.
Collet-Serra trata a paciência e selvageria da natureza e a inteligência dos seres humanos com equilíbrio e isso aumenta a ‘vilanice’ do tal tubarão e o bom mocismo de Nancy, aliás, o peixão gigantesco, feito com um CG respeitável, vai sendo mostrado aos poucos e sempre com aquela velha trilha sonora ao fundo.
A montagem insere as conversas da protagonista com seus familiares pelo chat do celular de maneira a dar maior inteiração com o espectador e prova duas coisas importantes, a primeira é que existe a possibilidade de se fazer bons projetos com pouco orçamento e a segunda que o gênero do suspense/terror em 2016 está rendendo bons frutos. E os fãs agradecem.
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Por Éder de Oliveira
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