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Exposições permanentes contam história de Hortolândia

Fotos e documentos antigos mostram a cidade, ontem e hoje

Centro-Memória

A história de Hortolândia contada por quem faz parte dela. É isto o que o visitante encontra nas exposições permanentes do Centro de Memória “Professor Leovigildo Duarte Júnior”. O espaço cultural, localizado na antiga Estação Ferroviária Jacuba, será inaugurado pelo prefeito Antonio Meira neste domingo (28/09), às 9h30.

O local, Administrado pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, oferece ao visitante cinco acervos que guardam fotografias, mapas, documentos e material audiovisual e podem ser consultados, gratuitamente, o ano todo. Além dos memorais dos poderes Executivo e Legislativo municipais e de famílias, há um banco de dados sobre o patrono do espaço e a Estação Jacuba.

O Centro de Memórias está localizado na Rua Rosa Maestrello, nº 02, Vila São Francisco de Assis, centro. Funcionará de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. A entrada é gratuita e livre para todas as idades.

Memorial Jacuba

No Memorial Estação Jacuba, os visitantes encontrarão reprodução de peças utilizadas na estação e no trabalho exercido na ferrovia em geral, além de um manequim vestido com o uniforme utilizado por trabalhadores da Estação. O local também possui fotos, mapas e outros documentos da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro e de sua sucessora, a Fepasa, e da Estação Ferroviária Jacuba, sede do Centro de Memória, tombada como patrimônio cultural de Hortolândia.

Memorial do patrono

O Memorial “Professor Leovigildo Duarte Júnior” homenageia o patrono e idealizador do Centro de Memória. No local, estão o púlpito e o currículo do professor. Leovigildo se destacou devido à sua militância nas áreas de educação e cultura e pela melhoria dos serviços públicos como um todo. Foi membro do antigo CEPS (Centro de Estudos Políticos e Sociais de Sumaré), presidente-fundador do IEPES (Instituto de Estudos e Pesquisas Sociais de Sumaré) e membro-fundador da Associação Pró-Memória de Sumaré, em 2004.

Também atuou como militante do movimento Pró Emancipação de Hortolândia. Suas pesquisas resultaram em coleções hemerotecárias (seleção de periódicos antigos e recentes) sobre o processo de eleição e emancipação de Hortolândia, de 1990 a 1993. Além do memorial dedicado à Leovigildo, na Biblioteca Técnica do Centro de Memória estão coleções de livros pessoais do professor e publicações dele.

Memoriais do Executivo e Legislativo

Nos memoriais dedicados aos poderes Executivo e Legislativo de Hortolândia, o público poderá conhecer a história política da cidade. O espaço conta com fotos, depoimentos e datas dos mandatos exercidos pelos quatro representantes do Executivo desde a emancipação da cidade, incluindo o atual prefeito, Antonio Meira.

Com relação ao Legislativo, existem no memorial os nomes dos vereadores e legislaturas da câmara desde a época em que Hortolândia era distrito de Sumaré. Futuramente, o espaço vai contar também com totens onde o visitante poderá acessar as legislaturas em formato digital de toda a história do município.

Memorial de Famílias

As famílias que fazem parte da cidade também recebem sua homenagem. Em espaço intitulado como “Memorial de Famílias”, o Centro de Memória disponibiliza fotos, depoimentos e objetos pertencentes a antigos moradores do município. Ao todo, mais de 30 famílias tradicionais deixam sua marca no local. Entre elas, estão fotos de Nelson Alexandre, vereador, natural do distrito de Jacuba, que deu início à publicação de textos sobre as famílias de Hortolândia.

Outras fotos de famílias pertencem a Luiz de Paula, vereador que nasceu em Campinas, mas sempre viveu em Hortolândia; Eugênio Cancian, natural da Itália, colonizador e ferroviário da antiga Cia Paulista de Estradas de Ferro; José Bueno da Silva, nascido no Rio Grande do Sul; e as famílias Rohwedder e Gomes, e Bueno da Silva, que presenciaram a colonização da cidade, desde as sesmarias.

No Laboratório Oral/Vídeo-História, o visitante poderá deixar seu depoimento sobre a história da cidade em um equipamento audiovisual. Também poderá assistir às entrevistas realizadas com moradores com mais de 70 anos de idade, que presenciaram muitas transformações em Hortolândia.

De acordo com o coordenador do Centro de Memória, Paulo Eduardo Germano, a sala do Memorial de Famílias será sempre um espaço em construção, pois receberá doações de artigos históricos e depoimentos dos moradores. “A população de Hortolândia é formada por migrantes e essa é uma oportunidade de todos conhecerem a história da Estação Jacuba e do município. Quem vier de outras cidades, de toda a região, também vai poder conhecer a história da cidade”, destaca.

Outras atrações tradicionais e interativas no Centro de Memória são o documentário com depoimento de Leovigildo Duarte Júnior, disponível na recepção do espaço e o Laboratório Cartográfico e Fotográfico Digital, onde o visitante encontrará mapas com características da cidade e fotos do “Antes e Depois” da Estação Jacuba.

Segundo Paulo Eduardo Germano, as exposições têm objetivo educativo. “São atrações para estudantes de todos os níveis e a comunidade, em geral”, completa.

De acordo com a diretora de Cultura, Patrícia Banhara, o visitante encontrará, no Centro de Memória, exposições que buscam revelar Hortolândia e sua população, por meio da história da própria Estação Jacuba. “Isso será possível graças à seleção de periódicos antigos e recentes, relatos de histórias de vida e objetos biográficos pertencentes a comunidades locais. Além disso, o espaço possui dados e informações institucionais, que identificam os sucessivos gestores e legisladores de nossa cidade”, explica. “Todo o conteúdo foi escolhido com o objetivo de levar ao público um conjunto de informações documentadas, que fomentem a geração de conhecimento sobre diversos momentos históricos do nosso município”, destaca Patrícia.

Biblioteca Técnica

O Centro conta também com uma Biblioteca Técnica e de Referência, onde estarão disponíveis publicações sobre a cidade para a consulta no local, como obras raras e especializadas em história local e regional, memória ferroviária, história oral, patrimônio cultural, políticas culturais e produção cultural. No local, também está a coleção pessoal de Leovigildo Duarte Júnior, com apostilas e publicações próprias. Dentre elas, a coleção de autoria do próprio professor, de 1994, intitulada “Hortolândia Município”, dividida em três volumes: A preparação (volume 1), A campanha (volume 2) e A votação (volume 3).

A relação de obras disponíveis poderá ser consultada pessoalmente e o acervo da biblioteca, visitado com o acompanhamento do bibliotecário.

Na Sala Multiuso, a comunidade encontra espaço para realização de exposições temporárias, encontros, workshops e apresentações artísticas. O uso do espaço está sujeito à disponibilidade na agenda do Centro e à avaliação das obras e atividades pela comissão responsável, formada por membros da Secretaria de Cultura e do Conselho Municipal de Cultura.

Memória Digital

Futuramente, o acervo disponível no Centro de Memória estará disponível no formato digital. A previsão é de que, até 2016, todos os documentos e registros sejam tratados e expostos também na internet.

No órgão, será possível também filmar e fotografar (preferencialmente sem flash). Os visitantes poderão ainda compartilhar sua experiência no Centro, graças à rede wi-fi disponível no local.

FONTE: Pref. Hortolândia

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