Por força da pandemia, o evento este ano terá que ser online, mas nem por isso deixará de abordar temas que contribuirão para preparar os empresários para esse novo momento, já começando com as promoções de novembro e as vendas para o Natal. Melhor preparados, os empresários poderão recuperar pelo menos parte das perdas que o varejo perdeu com o fechamento e com a abertura parcial do comércio por vários meses em 2020.
Com a expectativa de faturamento de quase R$ 300 milhões na cidade por meio das promoções oferecidas na Black Friday, mas sem previsão, por enquanto, de contratação temporária pelo comércio no Natal, a Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) realiza na próxima quarta-feira, dia 11 de novembro, o “Retail Conference” 2020 (Conferência de Varejo), um evento gratuito que tem por objetivo atualizar os empresários sobre as inovações tecnológicas, informar sobre estratégias bem-sucedidas de vendas e apontar as melhores práticas para o varejista aplicar no seu negócio nesse momento.
Devido à pandemia da Covid-19, este ano o evento será on-line, das 14h às 18h, e reunirá especialistas em varejo, como Cristiano Chaves, head de relacionamento com o cliente da Arezzo&Co, Richard Stad, CEO da Aramis Menswear, Fernanda Dalben, diretora de Marketing do Supermercados Dalben, Jhouferbio Rodrigues, CEO da Beelog, Caio Camargo, sócio e diretor da Gouvêa Tech, Danilo Hoffman, gerente sênior de Consultoria de Soluções da Genesys, Diego Barreto, CFO e VP de Estratégia do Ifood, Felipe Gama, líder da escola Bora Vender, entre outros. As inscrições, gratuitas, devem ser feitas por meio do link https://retailconference.com.br. Informações pelo Whatsapp +55 19.99607.7604 (ACIC).
A presidente da ACIC, Adriana Flosi, lembra que esse evento, realizado há 8 anos, já é considerado um dos mais relevantes do interior paulista, voltados ao segmento varejista. “Este ano precisamos levar o “Retail Conference” para a plataforma digital para amparar ainda mais proativamente os comerciantes nesse momento em que a confiança do consumidor mostra sinais positivos”, explica. O “Retail Conference” integra a programação comemorativa ao centenário da ACIC, a ser completado em 21 de novembro.
“Este ano os empresários vivenciarão uma situação insólita, na qual a tecnologia, a criatividade e o empreendedorismo farão a diferença nas vendas do varejo. Por isso, todos precisam estar atualizados e preparados para os novos modelos de negócios, para as novas formas de pagamento e, principalmente, com a nova maneira de lidar com os seus clientes. O “Retail Conference” é o fórum no qual os empresários do varejo poderão ouvir, aprender, questionar e se preparar para fazer o seu melhor e tentar recuperar os prejuízos causados pela Covid-19”, diz.
Black Friday – expectativas
A expectativa da ACIC é a de que a Black Friday movimente R$ 650 milhões na Região Metropolitana de Campinas este ano, impulsionada principalmente pelo e-commerce. Esse montante representará 35,5% no faturamento do comércio, quando comparado a 2019, quando foram faturados R$ 480 milhões. De acordo com o economista Laerte Martins, diretor da ACIC, 60% das vendas devem ser realizadas “online” e 40% nas lojas físicas. A data pode se transformar na segunda mais importante do ano para o setor, ficando atrás apenas do Natal. O “ticket médio” estimado é de R$ 600,00, praticamente o mesmo de 2019.
Apenas em Campinas, a movimentação da Black Friday de 2020 deve representar cerca de R$ 292,5 milhões, uma expansão de 35,4% sobre o faturamento de 2019, sendo que o e-commece deve representar 62,5% das vendas “online” e, as lojas físicas, 37,5%. Os produtos mais procurados na Black Friday deste ano devem ser smartphones, celulares, aparelhos de televisão, eletroeletrônicos em geral, vestuário e calçados, livros, brinquedos, e produtos importados, como videogames, câmeras fotográficas e filmadoras.
“O evento de 2020 traz novas expectativas para o comércio, em um ano que foi afetado fortemente pela pandemia do Covid-19, principalmente para as vendas online, considerando que o e-commerce se expandiu 47% no primeiro semestre deste ano no Brasil e mais de 60% em Campinas e Região. Embora oficialmente realizada na última sexta-feira do mês – este ano, no dia 27 de novembro – a Black Friday deve ser antecipada, como vem acontecendo já há alguns anos, e durar uma semana ou mais. Muitas empresas começam a anunciar descontos no início do mês”, avalia o economista.
As passagens aéreas, que sempre fizeram parte das compras na Black Friday, não estão sendo consideradas este ano em função das restrições impostas pela pandemia da Covid-19. Apesar das vendas das passagens se destacarem nesse período de promoções pelos elevados “descontos” ofertados pelas empresas aéreas e de turismo participantes, este ano os indicadores econômicos que influenciam na alteração dos preços dos produtos, como a inflação, os juros e o câmbio, observados durante a pandemia, não permitirão que os descontos sejam significativos. “Isso pode contribuir para as reclamações de propaganda enganosa e maquiagem de preços, que lideram os principais motivos nas queixas durante a Black Friday”, alerta o economista.
E-commerce em alta
Em função da quarentena provocada pela pandemia da Covid-19, estima-se que cerca de 2,6 milhões de novos usuários – pessoas das classes C e D, de todas as idades – ingressaram nas plataformas digitais no Brasil entre abril e maio, e mais de 1,9 milhões entre junho e agosto. “No Brasil, o e-commerce conseguiu manter elevado o nível de consumo, enquanto as lojas físicas fecharam as suas portas pelo país. Diante dessa perspectiva, conclui-se que é na movimentação mais das vendas digitais que o varejo vai se expandir grandemente na Black Friday, podendo se transformar na segunda data mais importante do ano, para o setor, só atrás do Natal”, acredita Laerte Martins.
Segundo dados avaliados pela Ebit / Nilsen, a Black Friday de 2019 (considerando 29 e 30 de novembro) faturou, em nível nacional no varejo, cerca de R$ 3,30 bilhões. A perspectiva para 2020 é de uma expansão de 29%, (considerando 1º a 30 de novembro), o que representaria cerca de R$ 4,26 bilhões. A expectativa de “ticket médio” é de R$ 600,00, praticamente o mesmo de 2019.
Contratações para o Natal
A contratação de mão de obra temporária para este Natal de 2020, de acordo com a expectativa do Departamento de Economia da ACIC, deverá ser, percentualmente, cerca de 23% menor do que no ano passado, tanto em Campinas quanto na RMC. Os números são baseados na taxa de crescimento do número de desempregados de 2020 em relação a 2019.
Contratação de Mão de Obra Temporária
Natal de 2020 – Comércio e Serviços
CAMPINAS 2020 2019 %
1- Comércio Central 1.245 1.887 (-34,02)
2- Shopping Center 3.055 3.957 (-22,80)
3- Supermercados 1.120 1.236 (-9,39)
Total 5.420 7.080 (-23,45)
RMC 2020 2019 %
1- Comércio Central 2.835 4.294 (-33,98)
2- Shopping Center 5.765 7.431 (-22,42)
3- Supermercados 2.540 2.820 (-9,93)
Total 11.140 14.545 (-23,41)
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