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Tabagismo é fator de risco ao câncer de esôfago  

Órgão que faz parte do sistema digestório e conecta a cavidade oral ao estômago, o esôfago tem papel fundamental na condução dos líquidos e alimentos para dentro do organismo. O cuidado com a saúde deste órgão está diretamente ligado a manutenção de hábitos de vida saudáveis, essenciais também à prevenção ao câncer de esôfago. De alta incidência nos homens, dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 10 mil casos da doença no Brasil, destes, 8.200 em homens.

O cirurgião oncológico da Oncomed, Manoel Antônio Ramos, explica que existem dois subtipos de câncer de esôfago comuns: Carcinoma Epidermoide escamoso e o Adenocarcinoma. Enquanto o primeiro incide no terço superior e médio do esôfago e está diretamente ligado ao tabagismo, o segundo ocorre no terço inferior, na transição com o estômago e está relacionado ao refluxo e a obesidade.

O médico observa que o cigarro convencional tem ligação direta com o subtipo Carcinoma Epidermoide, responsável por 90% dos casos da doença e alerta para novas substâncias no mercado que futuramente podem se tornar fatores de risco, principalmente para a população jovem. “Apesar de ainda não termos estudos relacionados ao uso do cigarro eletrônico com o surgimento do câncer de esôfago, pelos dispositivos terem se popularizado recentemente, a sua utilização deve ser evitada, principalmente em função dos tipos de substâncias presentes neles”.

Sinais na alimentação – Nas fases iniciais o câncer de esôfago é silencioso, os sintomas vão ocorrer conforme a progressão da doença. Em fase avançada, o principal sintoma é a dificuldade em engolir, causando a sensação de ‘entalamento’. O cirurgião oncológico explica que o paciente começa a utilizar líquidos para auxiliar na condução da comida na hora da alimentação, e com a mudança na alimentação, ocorre a desnutrição em função da perda de peso.

“O paciente passa a se alimentar com comidas mais líquidas e pastosas e muitas vezes sem perceber, muda seu hábito alimentar. É comum chegar nos consultórios pessoas com o esôfago quase fechado em função do tumor e com perda entre 20% e 25% do peso corporal. Nesses casos, para que ele possa se alimentar, durante o tratamento, é necessário fazer a passagem da sonda diretamente no jejuno, localizado no intestino delgado, já que a via oral está obstruída”.

Tratamento – Em diagnósticos precoces, no estágio I da doença, o tratamento indicado é a ressecção endoscópica da mucosa ou a esofagectomia, cirurgia para remoção da área da lesão, a depender da localização do tumor. Para que o paciente possa continuar se alimentando, o esôfago pode ser reconstruído com tecidos de outros órgãos, como o do próprio estômago.

Já para casos avançados, a partir da definição do estágio em que a doença se encontra e as condições clínicas do paciente, o tratamento pode incluir modalidades combinadas, como a quimioterapia e a radioterapia. Há casos, também, em que é necessário diminuir o tamanho da lesão, antes de intervir cirurgicamente, geralmente, pacientes em estágios II e III da doença.

“Para este tipo de tumor é essencial o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Além do oncologista clínico, o cirurgião oncológico, o nutricionista e o rádio-oncologista são alguns dos profissionais que auxiliarão no tratamento, cada um de acordo com sua especialidade. O objetivo em comum é o mesmo, que o tratamento seja bem-sucedido, amenizando os efeitos colaterais e garantindo a qualidade de vida do paciente”.

Controle das doenças digestivas – A irritação crônica do esôfago também pode contribuir para o surgimento de tumores, o cuidado para este fator de risco está diretamente ligado a identificação e acompanhamento de doenças digestivas, como o refluxo gastroesofágico e o esôfago de Barret.

Seguir uma dieta balanceada, rica em fibras, manter o peso, evitar o cigarro e diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, também estão no rol de hábitos de vida saudável e de prevenção ao câncer de esôfago.

Sobre a Oncomed-MT – Situada em Cuiabá (MT), a clínica especializada no tratamento multidisciplinar do câncer iniciou suas atividades em 1996. Hoje conta com sede ampla, de fácil acesso e fortemente estruturada, dispondo de consultórios, ala de quimioterapia com farmácia unidade de radioterapia. O corpo clínico é formado por oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, radio-oncologistas, hematologistas, mastologistas, urologistas e profissionais especializados em cuidados paliativos. Saiba mais em www.oncomedmt.com.br.

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