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Prioridade à assistência primária em saúde no sistema suplementar une médicos, ANS e planos de saúde

A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) vem investindo em iniciativa que visa levar a excelência em atenção primária em saúde (APS) também aos pacientes contratantes de planos e operadoras. Ela é um dos pilares do Projeto Cuidado Integral à Saúde, parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),com Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), que já reúne 16 operadoras previamente selecionadas, capacitando-as para atuar balizadas pelas melhores e mais efetivas condutasem APS.

O programa, em fase piloto, teve as sementes lançadas há pouco mais de dois anos, sendo que agora começa a produzir frutos paupáveis. Com conceito inovador, objetiva qualificar os serviços prestados a quem utiliza planos de saúde, priorizando o atendimento em nível primário por profissionais e equipes especializadas.

A presidente da SBMFC, Zeliete Linhares Leite Zambon, relata que, nos dois primeiros anos de projeto-piloto, houve uma série debates entre parceiros e operadoras, além de cursos de gestão.

“Nós, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, apresentamos oito módulos com fundamentos teóricos. O grupo, junto,moldouo alicerce para que o atendimento primáriodas empresas de saúde siga as boas práticas, assim como omodelojá consolidado do Sistema Único de Saúde. A meta é que os planos de saúde atuem de forma ativa, indo ao paciente, conhecendo seu histórico, antecipando-se no cuidado à saúde e disseminando inclusive a prevenção”.

A implantação da APS, por consequência, significará redução de complicações e das intervenções de complexidade secundária e terciária. O paciente terá ganhos de saúde com uma assistência mais personalizada e humanizada, enquanto o sistema poderá investir recursos com mais racionalidade e eficácia.

Importante destacar que a APS na saúde suplementar é uma mudança de paradigma adotada em diversos países. Reino Unido, Austrália e Canadá, por exemplo, são exemplos pioneiros e de sucesso.

         O Projeto Cuidado Integral à Saúde ainda aponta para benefícios às equipes, como redução de rotatividade e valorização de honorários. Enfim, é um horizonte alvissareiro a médicas e médicos de Família e Comunidade, enfermeiras com especialização em APS ou Saúde da Família, grupos multiprofissionais que atuam de acordo com o perfil da população (psicólogo, educador físico, farmacêutico, fisoterapeuta).

         As operadoras, por sua vez, serão certificadas ao implantar e seguir as melhores práticas, com ética, segurança, etc. Será um diferencial importante no momento em que alguém for contratar um plano de saúde.

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