A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou recentemente a autorização para que cirurgiões-dentistas prescrevam o medicamento Mounjaro (tirzepatida) no Brasil, originalmente desenvolvido para diabetes tipo 2 e obesidade. No entanto, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) emitiu ressalvas importantes, limitando a prescrição a casos de apneia obstrutiva do sono em pacientes obesos.
A decisão da Anvisa, válida desde outubro de 2025, baseia-se em estudos da fabricante Eli Lilly que demonstraram a eficácia da tirzepatida no tratamento da apneia. Pacientes que utilizaram o medicamento tiveram redução de 27 a 30 interrupções respiratórias por hora, com taxas de remissão do quadro entre 42% e 50% após um ano de uso.
Em comunicado oficial, o CFO destacou que, embora a prescrição seja uma “prerrogativa legal”, os dentistas devem exercê-la “dentro dos limites éticos e sempre priorizar a proteção da saúde geral do paciente”. O conselho alerta para os efeitos colaterais do medicamento, principalmente no sistema gastrointestinal, e possíveis impactos na saúde bucal.
A orientação do órgão é que a prescrição seja realizada com acompanhamento multidisciplinar, especialmente considerando que pacientes obesos frequentemente apresentam comorbidades e fazem uso de outros medicamentos. O CFO reforça que a indicação deve ser criteriosa e restrita ao tratamento da apneia obstrutiva do sono em casos de obesidade.
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