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Glaucoma Congênito, atenção desde a primeira idade

O glaucoma congênito é uma doença rara que acomete crianças logo cedo, no momento do nascimento. Caracteriza-se por meio do aumento da pressão dentro dos olhos devido ao acúmulo de líquido humor aquoso. Para saber mais informações sobre a doença, a coluna Acontece Saúde conversou com o Dr. João Sobreira de Moura Neto, especialista em Oftalmologia.

Ele comenta que existem três tipos, diferenciados de acordo com a faixa etária na qual são manifestados pelo paciente:

“O glaucoma congênito ocorre ao nascer. É uma má formação dos olhos que leva ao aumento da pressão intraocular, então a criança já nasce com essa alteração. Pode surgir um pouco depois também, chamamos de glaucoma infantil, a partir de um ano de idade e pode ser detectado até os 3 anos de idade. Depois dessa idade já é nomeado por glaucoma juvenil”.

A doença não se apresenta de forma diferente de acordo com a nomenclatura, e essa mudança está estritamente ligada ao momento de manifestação dos sintomas. O especialista afirma que é desencadeada por alterações anatômicas que levam a esse acúmulo de líquido mencionado e, consequentemente, o aumento da pressão dentro dos olhos.
Além disso, João Sobreira comenta que existe um sexo em que a incidência é mais comum, e alerta sobre a faixa etária específica da doença: “Ocorre mais entre meninos, a faixa etária do verdadeiro glaucoma congênito é ao nascer”.

Para identificar os casos de manifestação da alteração intraocular, o oftalmologista aponta alguns pontos a observar com atenção: “Nesses casos, a criança nasce com os olhos azulados, ou então tem uma sensibilidade muito grande à luz. Pode apresentar lacrimejamento ou mesmo olhos vermelhos (isso até um ano). Qualquer alteração a criança tem muita sensibilidade à luz, coça muito os olhos, os olhos sempre lacrimejando”.

Infelizmente, por conta de como ocorre o desenvolvimento da doença – logo no momento do nascimento -, não é possível considerar algum mecanismo que impeça a manifestação da alteração nos olhos.. João Sobreira, entretanto, considera que a melhor possibilidade para lidar com os sintomas é o diagnóstico precoce, com o objetivo de começar de forma imediata o tratamento, a fim de auxiliar a preservação da visão.

Por fim, como tratamento é recomendado que o paciente realize uma cirurgia. Os tipos de procedimento mais comuns são goniotomia e trabeculotomia que visam reduzir a pressão intraocular da criança e, assim, garantir o desenvolvimento saudável da mesma, sem que ocorra a perda da visão.

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