Saúde & Beleza

Estudo da UFMG revela que a ausência de feijão na dieta está ligada ao ganho de peso

Um estudo conduzido pela Faculdade de Medicina da UFMG indica que deixar de incluir feijão na alimentação está correlacionado com o aumento de peso. Segundo a pesquisa, indivíduos que excluíram esse alimento de sua dieta mostraram ter 10% mais probabilidade de desenvolver excesso de peso e 20% mais chances de se tornarem obesos. Em contrapartida, aqueles que consumiram feijão regularmente, pelo menos cinco vezes por semana, demonstraram ter um fator de proteção significativo contra o excesso de peso (14%) e a obesidade (15%).

Para coletar os dados, os pesquisadores utilizaram informações provenientes do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Durante o período de 2009 a 2019, mais de meio milhão de adultos foram acompanhados através de entrevistas por telefone fixo.

A frequência semanal de consumo de feijão foi categorizada em quatro grupos: não consumo (zero dias por semana), baixo consumo (um a dois dias por semana), consumo moderado (três a quatro dias por semana) e consumo regular (cinco a sete dias por semana). Os resultados destacam que o consumo regular de feijão é altamente benéfico para a manutenção de um estado nutricional saudável.

Além disso, a pesquisa também analisou a evolução do consumo de feijão ao longo dos anos, de 2007 a 2017, e identificou uma tendência preocupante. As projeções sugerem que, até 2025, os brasileiros podem parar de consumir feijão de forma regular e tradicional. A análise por gênero revela que, desde 2022, as mulheres predominantemente compõem os grupos com consumo inferior ao regular, enquanto para os homens, a estimativa de alteração significativa é prevista para o ano de 2029.

Fernanda Serra, pesquisadora envolvida no estudo, destaca que a substituição de alimentos naturais ou minimamente processados por produtos ultraprocessados está alterando o padrão alimentar da população, resultando em uma piora na qualidade da dieta. Segundo Fernanda, essa mudança no perfil alimentar é atribuída à praticidade que os alimentos ultraprocessados oferecem no cotidiano, uma vez que, devido à falta de tempo, muitas pessoas optam por produtos prontos ou de preparo fácil.

Leia a matéria completa no site da Faculdade de Medicina da UFMG.

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