A Volvo Cars anunciou a criação da região das Americas e nomeou o brasileiro Luis Rezende como presidente. A nova estrutura administrativa inclui operações nos Estados Unidos, Canadá e América Latina. A nomeação faz parte de um reposicionamento estratégico da montadora e passa a valer a partir de 1º de junho de 2025.
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Luis Rezende assume liderança
Luis Rezende está na empresa há 17 anos e iniciou sua carreira como CFO da Volvo para a América Latina em 2008. Desde então, ocupou diversas posições de liderança, incluindo a presidência da operação no Brasil e, posteriormente, a chefia da região latino-americana.
Nos últimos anos, atuava na divisão Global Importers & Latin America, gerenciando operações em mais de 60 países. Agora, responderá diretamente ao CEO global e terá como missão consolidar os objetivos estratégicos da empresa nas Américas.

Objetivos estratégicos incluem eletrificação e regionalização
De acordo com a Volvo Cars, a decisão de reorganizar sua estrutura tem como base três pilares principais: lucratividade, eletrificação e regionalização. A montadora pretende adaptar suas operações às demandas específicas de cada região, promovendo maior autonomia e agilidade nas decisões.
A estratégia inclui ainda um plano de otimização financeira com foco na redução de custos. A empresa pretende economizar SEK 18 bilhões, o equivalente a R$ 10,4 bilhões, conforme divulgado no balanço do primeiro trimestre de 2025.
Resultados financeiros e avanço em eletrificação
No primeiro trimestre de 2025, a Volvo Cars registrou um lucro operacional de SEK 1,9 bilhão, aproximadamente R$ 1,1 bilhão. Segundo o CEO global, Håkan Samuelsson, o cenário automotivo global demanda ajustes rápidos. “Precisamos melhorar nossa geração de caixa e reduzir custos para garantir uma operação mais forte e resiliente”, afirmou.
A Volvo reforçou seu compromisso com a eletrificação. No período, 43% das vendas globais foram de modelos eletrificados. A meta da empresa é aumentar gradualmente a participação de veículos totalmente elétricos nas vendas totais, alinhando-se às metas ambientais e à demanda crescente por carros menos poluentes.
Impacto da mudança na operação brasileira
A nova configuração da Volvo Americas não afetará a estrutura atual da empresa no Brasil. De acordo com Marcelo Godoy, presidente da Volvo Car Brasil, a gestão local permanecerá inalterada. “A Volvo Car Brasil passa a integrar a região Americas, mas mantém sua gestão e estratégia”, afirmou.
A integração do Brasil à nova região deve ampliar as oportunidades de alinhamento regional sem interferir na autonomia da operação local. A expectativa é de ganhos em escala, maior sinergia nas ações de marketing e ampliação de investimentos em produtos eletrificados.
Perspectivas para a Volvo nas Américas
A criação da Volvo Americas marca uma etapa relevante para o crescimento da montadora nas regiões mais estratégicas do mercado automotivo. Com foco na eletrificação, eficiência operacional e adaptação regional, a nova estrutura visa acelerar a competitividade da empresa frente às mudanças do setor.
A escolha de um executivo brasileiro para liderar essa transformação reforça o peso da América Latina na estratégia global da Volvo. A atuação de Rezende será fundamental para consolidar as diretrizes estabelecidas e enfrentar os desafios que se impõem no cenário internacional.
Texto: Sérgio Dias
Fotos: Divulgação
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