O Vaticano, liderado pelo papa Francisco, anunciou uma decisão histórica nesta segunda-feira, permitindo que padres concedam bênçãos a casais do mesmo sexo. O comunicado do escritório doutrinário do Vaticano esclareceu que tais bênçãos não legitimam situações irregulares, mas sim sinalizam a acolhida divina a todos. O documento destaca que essa prática não deve ser confundida com o sacramento do casamento heterossexual.
Os padres são orientados a decidir caso a caso, encorajados a não evitar a proximidade da Igreja com as pessoas em busca de ajuda divina. A mudança foi indicada pelo papa em outubro, respondendo a questionamentos de cardeais conservadores no início de um sínodo de bispos no Vaticano.
O documento, intitulado “Sobre o Significado Pastoral das Bênçãos”, esclarece situações específicas, incluindo bênçãos para casais em situações irregulares e de casais do mesmo sexo. Enquanto a Igreja mantém a posição de que a atração pelo mesmo sexo não é pecaminosa, os atos homossexuais são considerados pecado.
Padre James Martin, um líder jesuíta norte-americano envolvido na comunidade LGBT, saudou a decisão como “um grande passo à frente no ministério da Igreja” para esses casais. O documento, intitulado “Fiducia Supplicans” (Suplicando Confiança), destaca que a forma da bênção não deve seguir rituais específicos para evitar confusão com o sacramento do matrimônio.
A bênção, de acordo com o documento, não deve ser vinculada a cerimônias civis de casamento e pode ocorrer em diversos contextos, como visitas a santuários, encontros com sacerdotes, orações em grupo ou peregrinações. A decisão provavelmente enfrentará oposição de conservadores que criticaram o papa quando ele abordou esse tema pela primeira vez em outubro.
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