Desde que o mundo é mundo, sentimentos como raiva, repulsa e indignação, tiveram seu espaço cativo no inconsciente popular. Com a propagação da Televisão e, mais recentemente, da internet, os meios de comunicação aprenderam a utilizar estes artifícios, muitas vezes, sem grande ética ou preocupação com a verdade.
Pensando nisso, vem a seguinte questão: por que as Fake News viralizam mais que notícias reais?
O termo ganhou o mundo em 2016, quando Donald Trump venceu as eleições norte-americanas e seus opositores tiveram inúmeras mensagens negativas, que denegriam suas imagens, espalhadas pelas redes sociais.
Mas, como cita o jornalista Victor Buzzato, não podemos “dissociar o tempo atual do antigo, já que as Fake News não são novidade. O que mudou foi a forma e a distribuição”.
Além disso, precisamos entrar no conceito de pós-verdade, que nada mais é do que a tendência de alguém acreditar naquilo que lhe agrade, seja por motivos religiosos, partidários ou morais. Exclui-se, portanto, a decência crítica ou mesmo o acompanhamento daquela informação por outros meios.
O próprio Victor entende que “elas viralizam, pois são mais atrativas e direcionadas a um público específico, principalmente porque vivemos numa sociedade divida em nichos”.
Se boa parte dos leitores em potencial lê apenas o título da matéria e, para eles “já está bom”, isso piora quando notamos que “as fontes confiáveis têm acesso restrito e você precisa ser assinante para ter acesso às matérias”, como pontua o Analista de Sistemas, Fabricio Saraceni.
E se programas como ‘Brasil Urgente’, ‘Cidade Alerta’ ou mesmo um dos precursores, chamado ‘Aqui e Agora’, sempre inseriram linguagem espetaculosa e cheia de histórias para segurar o espectador durante horas (e não estou aqui dizendo que tais programas têm tendência a propagarem notícias falsas), as Fake News pegam este gancho para gerar aqueles sentimentos expostos no primeiro parágrafo.
Buzzato expõe que “a descredibildade da mídia tradicional também potencializa esta disseminação ao se pautar muito pela opinião e pouco pela informação. Criando, assim, versões da realidade que não são compatíveis com a sociedade e com as pessoas que nela vivem”.
Por fim, vale a máxima de focar em mais de uma versão do tema e ter a consciência de pesquisar antes de compartilhar qualquer coisa. Isso fará bem para você mesmo e para a sociedade de um modo geral!
Senão, informações como estas:
- “Beber água a ada 15 minutos previne a Covid-19”;
- “Existe um medicamento específico para o tratamento da Covid-19”;
Pode atrapalhar médicos, enfermeiros e todos que os cercam. Tenha esta consciência, sempre!
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