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Alvo da PF em operação, prefeito de Hortolândia será ouvido em setembro

A Polícia Federal planeja ouvir até a primeira quinzena de setembro o prefeito de Hortolândia (SP), Antonio Meira (PT), sobre a suposta omissão de bens na declaração dele à Justiça Eleitoral no ato da posse como chefe do Executivo, em 2013. O petista nega as irregularidades.

Segundo a assessoria de imprensa da PF em Campinas (SP), a oitiva do prefeito estava prevista para a sexta-feira (21), contudo, foi adiada porque a defesa dele solicitou mais tempo para conferir o processo. Há quatro dias, o delegado Jessé Coelho de Almeida adiantou para a EPTV, afiliada da TV Globo, que o político será indiciado pelo crime de falsa declaração, por ter omitido pelo menos dez bens no documento. As apurações da polícia começaram há dois anos.

“Ele [Antonio Meira] deverá prestar esclarecimentos sobre as investigações de supostas fraudes na declaração de bens, somente após oitiva será indiciado”, diz nota da PF. Segundo a corporação, por enquanto não há previsão de outros depoimentos ligados ao caso. “Eles podem acontecer, caso haja necessidade”, informa nota divulgada nesta segunda-feira (24).
O advogado do prefeito, André Guimarães, confirmou o pedido de adiamento do depoimento e resumiu que irá avaliar o inquérito antes de definir a linha que será usada nas justificativas.

 

Empresas fantasmas
De acordo Almeida, o prefeito de Hortolândia também será ouvido sobre desdobramentos da investigação que indica, além de discrepâncias nos valores dos bens declarados pelo petista, ao menos três empresas supostamente fantasmas vinculadas a ele.

A Polícia Federal deflagrou a “Operação Fio da Meada” na quinta-feira (20), quando cumpriu oito mandados de busca e apreensão em locais relacionados ao prefeito, entre eles, a casa e escritório de contabilidade dele. Durante os trabalhos, foram apreendidos computadores, pendrives e documentos que serão avaliados durante as próximas etapas da investigação.

Defesa nega
O advogado de Meira afirmou na quinta-feira que ele e o prefeito têm acompanhado as apurações que se arrastam desde 2013 e que, desde então, prestaram todas as informações solicitadas. Ele garante que não houve irregularidade e considera que a denúncia está ligada a perseguição de adversários. “Vive-se um segundo turno das eleições há dois anos.”
Em relação à discrepância de valores, Guimarães nega qualquer ilegalidade e se diz confiante de que os objetos apreendidos pela polícia serão esclarecedores. “Os bens foram declarados pelos valores das suas respectivas escrituras”, concluiu o defensor.

Fonte: G1

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