Economia

Crescimento econômico alavanca expansão imobiliária

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Levantamento da Secretária de Indústria aponta comercialização de quase 14 mil imóveis, entre 2007 e 2014

O avanço na economia de Hortolândia, conquistado nos últimos 10 anos por meio de políticas de desenvolvimento industrial e comercial, culminaram na consolidação de mais um setor em plena expansão no município: o imobiliário. A ampliação das vagas de trabalho nas indústrias, a elevação da renda do trabalhador e o forte comércio atraíram empreendedores do ramo imobiliário, que viram em Hortolândia a oportunidade de sucesso.

Desde 2007, o município contabiliza 14.905 unidades habitacionais novas comercializadas ou prontas para a venda. São mais de 4 mil lotes urbanizados, além de imóveis em condomínios de casas e apartamentos.

De acordo com o secretário de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo, Dimas Correa Pádua, Hortolândia concentra desde loteamentos populares até condomínios de alto padrão. A diversidade de empreendimentos possibilita a oportunidade de trabalhadores de todas as faixas salariais conquistarem o sonho da casa própria. “Quem antes saia de outra cidade para trabalhar em Hortolândia, agora pode morar na cidade. O pleno emprego atraiu os funcionários das indústrias e comércios para nosso município. Nosso cenário atual é de integração entre os setores econômicos”, confirmou Pádua.

Esta integração, explica o secretário, foi possível graças ao crescimento gradativo e independente de cada setor. “Há alguns anos, Hortolândia estava estagnada economicamente. Num primeiro momento, a Administração Municipal implementou políticas públicas para promover a expansão imobiliária. Em seguida, o município conquistou o pleno emprego, aumentando a renda do trabalhador e alavancando o setor de comércio. Mais recentemente, com a chegada de novas agências bancárias, a inauguração do shopping e a massa salarial crescente, verificamos uma demanda crescente de trabalhadores em busca de imóveis na cidade, o que facilita o dia a dia de quem trabalha, seja nas indústrias e nos comércios, seja nas prestadoras de serviços”, avalia Pádua.

O boom imobiliário não só gera oportunidades para quem já vive ou trabalha em Hortolândia, mas também atrai gente de fora. De acordo com o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Hortolândia, José Odair Avancini, mesmo quem trabalha nas cidades vizinhas avalia imóveis em Hortolândia. “Os novos empreendimentos, principalmente de grandes construtoras, colaboram para este avanço em moradias e também em empregos na construção civil. A habitação completa este ciclo econômico, de expansão em todos os setores”, comentou.

Um exemplo desta realidade é vivenciado pelo gerente de hotel João Assunção, de 53 anos. Em fevereiro, ele deixou a cidade de Curitiba, no Paraná, para trabalhar em Hortolândia. Trouxe também a esposa e a filha. “Por enquanto, estou numa casa cedida pela empresa, mas até o final do ano, quero investir em um imóvel próprio”, afirma.

Assunção comenta que, antes de aceitar a proposta de emprego em Hortolândia, visitou a cidade para avaliar se valia a pena morar no município. “Quando me fizeram a proposta de trabalho, disseram que Hortolandia estava em pleno desenvolvimento. Como não conhecia, achei melhor vir dar uma olhada. Gostei muito daqui e a minha família aprovou nossa mudança. Desde então, estamos no Jardim Amanda e não tenho do que reclamar. É um lugar muito bom e, além disso, fica perto do meu trabalho”, justificou.

De acordo com o secretário, o desenvolvimento imobiliário equilibra a oferta de imóveis aos diversos setores econômicos e, ainda, exerce importante função social. “O trabalhador se sente completo numa cidade onde tem emprego e moradia. Ele tem estabilidade profissional e qualidade de vida. Chega mais rápido ao trabalho e, nas horas livres, pode se dedicar mais à família e ao lazer”, concluiu Pádua.

De olho na cidade

A meta de prosseguir os estudos e trabalhar perto de casa fez com que a relações públicas Mariana Heffer concentrasse seus esforços em oportunidades na região. Moradora de Santos, ela foi aprovada num concurso público e chamada a trabalhar em Hortolândia. Não pensou duas vezes para aceitar a proposta e arrumar a mudança. “Há cerca de um ano moro num apartamento ao lado de onde trabalho. Faço pós na Unicamp e ter escolhido Hortolândia para morar só me trouxe vantagens”, afirma.

Mariana observa, no entanto, que a maior parte dos empreendimentos são voltados às famílias, com opções de casas e apartamentos maiores. “No meu caso, moro sozinha num apartamento de dois quartos, o que é grande para mim. Acredito que, se surgir um empreendimento mais compacto, terá o mesmo sucesso dos grandes condomínios”, justificou.

Plano Diretor

Neste mês, a Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Planejamento Urbano, sancionou a nova legislação do plano Diretor Municipal. O conjunto de leis regulamenta os zoneamentos residenciais e de atividade econômica, além de criar áreas de verticalização para empreendimentos imobiliários e comerciais, além das disposições de uso e ocupação de solo no município.

Na área da habitação, a legislação prevê onde serão autorizadas construções de edifícios e condomínios multifamiliares horizontais e verticais. O objetivo é garantir o desenvolvimento imobiliário de maneira ordenada, ocupação habitacional planejada e sustentabilidade ambiental, econômica e social.

A questão ambiental, aliás, é um dos destaques. Os condomínios devem reservar 20% do espaço para área verde, com a possibilidade de implantação de parque ou jardim. Além disso, os empreendimentos multifamiliares devem oferecer alguma ação sustentável, como aquecimento solar, reutilização da água da chuva ou separação do lixo doméstico do reciclável para coleta seletiva.

Fonte: Prefeitura de Hortolândia

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