Economia
Com saque do FGTS liberado, especialista da Anhanguera de Sumaré alerta para uso estratégico do recurso
Especialista recomenda não utilizar o valor liberado pelo Governo Federal em supérfluos; foco são bens e serviços essenciais e reorganização da vida financeira
O saque emergencial no valor de até R$ 1.045 de contas ativas e inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) passou a valer a partir do dia 29 de junho. De acordo com o Governo Federal, serão liberados cerca de R$ R$ 37,8 bilhões para 60 milhões de trabalhadores. O pagamento será realizado por meio de Conta Poupança Social Digital, aberta automaticamente pelo banco pagador. De acordo com calendário da instituição bancária, os depósitos do FGTS serão realizados até o dia 21 de setembro, de acordo com o mês de nascimento do beneficiário. O dinheiro vai ficar disponível na conta até 30 de novembro; e caso não haja movimentação, os recursos voltam para o saldo do trabalhador no fundo.
Essa é uma das medidas que o Governo Federal assume para atenuar os impactos na economia nacional, o que segundo a coordenadora do curso de Administração da Anhanguera de Sumaré, Mônica Parreira Coimbra, vem em boa hora. “A paralisação das atividades de muitas empresas em decorrência da pandemia elevou a taxa de desemprego e, consequentemente, reduziu a renda de muitos brasileiros. Segundo os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a taxa de desocupação passou de 11,28% para 12,6% no trimestre finalizado em abril, atingindo 12,8 milhões da população”, alerta a especialista.
Frente a esse cenário, a professora Mônica é bastante categórica sobre a destinação desse valor. “Diante desse cenário de grandes incertezas, precisamos estar atentos quanto à destinação do valor do saque do FGTS. Primeiramente, é necessário entender que o valor de R$ 1.045 foi aprovado justamente para reduzir os impactos econômicos causados pela pandemia, ou seja, é um recurso que visa auxiliar as pessoas nesse momento de crise”, pontua.
Confira algumas estratégias elencadas pela especialista para o bom uso desse recurso.
Foco em bens e serviços essenciais
O primeiro direcionamento que a professora dá para que os beneficiados usem esse valor com inteligência é focar em bens e serviços essenciais. Nada de supérfluos. “Alimentação, itens de higiene, vestuário, contas de água e energia elétrica são alguns exemplos. Caso seja necessária a compra de algum bem durável (geladeira, fogão entre outros bens), deve-se evitar, se for possível, o parcelamento. O ideal é utilizar o recurso do saque do FGTS para complementar o pagamento à vista desses bens salienta.”
Pague contas atrasadas e poupe para emergências
Se contas essenciais estão atrasadas e não podem esperar, esse é o momento de quitar essas dívidas. Caso os gastos s estejam em dia e estabilizados – sem desespero para o uso do recurso liberado – o saque do FGTS pode ser um excelente momento para poupar. “Se for possível, devemos guardar uma parte desses recursos para imprevistos que venham surgir ao longo desse período tão delicado que estamos passando”.
Reorganize a vida financeira
Em momentos de isolamento social e parcimônia com os gastos, a professora da Anhanguera relata que pode ser bem interessante agir na reorganização da vida financeira. “Precisamos reavaliar o nosso padrão de consumo e redefinir nossas contas. O momento é delicado e requer nossa atenção quanto à destinação dos nossos recursos financeiros, não somente do valor de R$1.045, mas também de toda a nossa renda. É possível readequar nossos gastos, além cancelar o que não precisamos agora”.
Sobre a Anhanguera
Fundada em 1994, a Anhanguera já transformou a vida de mais de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância.
Presente em todos os estados brasileiros, a Anhanguera presta inúmeros serviços gratuitos à população por meio das Clínicas-Escola na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Anhanguera oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais. Em 2014, a instituição passou a integrar a Kroton. Para mais informações, acesse: https://www.anhanguera.com
Economia
Bolsa de Valores Flutua Antes de Coletiva de Haddad e Campos Neto – Cobertura CNN Brasil
A bolsa de valores brasileira Ibovespa apresentou uma leve queda hoje, continuando uma tendência de baixa, apesar de altas modestas observadas em Nova Iorque. Enquanto isso, o dólar viu uma ascensão, sendo negociado a R$ 5,26. Este cenário ocorre em um momento de cautela entre investidores, aguardando a coletiva de imprensa com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Os setores de varejo e serviços foram os mais afetados, liderando as perdas na bolsa. Entre os destaques negativos estão a Locadora, que despencou mais de 4%, e nomes conhecidos como CVC Brasil, Casas Bahia e Lojas Henn. Estas movimentações do mercado são influenciadas também pela situação econômica nos Estados Unidos, especialmente as políticas de juros que são uma constante preocupação para o mercado financeiro global.
Além disso, os olhos também estão voltados para a China, após divulgação de dados econômicos que superaram as expectativas dos analistas. O PIB chinês do primeiro trimestre indicou uma economia que, apesar de desafios significativos no setor imobiliário, tem mostrado força na exportação e produção industrial devido à demanda externa.
Finalmente, uma nova regulação foi introduzida pelo Ministério da Fazenda sobre as apostas online. Segundo a normativa, não será mais permitido o uso de cartões de crédito para este tipo de transação, visando desencorajar o endividamento das famílias brasileiras. As apostas agora só podem ser realizadas por meio de PIX, TED, cartões de débito ou pré-pagos.
Para mais informações sobre as movimentações econômicas do dia e outras notícias, a CNN Brasil continua a oferecer cobertura completa em seus diversos canais de comunicação.
Esta análise é baseada nas informações fornecidas pela terceira edição do dia do CNN Mercado e outras fontes dentro do mesmo segmento.
Economia
R$ 1 mil na poupança, quanto rende hoje em dia?
Nessa semana o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou detalhes sobre a taxa Selic, com a redução de 0,50 ponto percentual, passou de 11,25% para 10,75% ao ano, segundo o Banco Central.
Mas e se colocarmos R$ 1 mil na poupança, atualmente, qual será o rendimento ao longo de um ano? O site Money Times realizou essa simulação e nos trouxe detalhes interessantes.
R$ 1 mil na poupança, quanto rende hoje em dia?
Os especialistas fizeram as contas não só da Poupança, mas também do Tesouro Selic, do Tesouro IPCA e do CDB e consideraram:
- uma taxa anual de 3,45% no IPCA,
- 10,65% no CDI,
- 10,50% no juro nominal do Tesouro Prefixado, e
- um juro real do Tesouro IPCA+ de 5,50%
- Poupança: Atualmente rende 6,17% ao ano mais a Taxa Referencial (TR). Então, após 12 meses você terá R$ 1.074,71.
- Tesouro Selic: Com a Selic em 10,75% ao ano, haverá um saldo final líquido de R$ 1.086,47.
- Tesouro IPCA: O valor final será de R$ 1.071,66.
- CDB (com rentabilidade de 100% do CDI): Sendo o mais rentável, entre todos da lista, o CDB mostrará um saldo final de R$ 1.087,86.
Economia
A história mundial e os tributos
Nos primórdios da civilização, os seres humanos estavam organizados em tribos. Nas disputas por territórios, a tribo vencedora sempre incorporava a tribo derrotada. Daí vem a origem da palavra “tributo”.
Do latim, tribus, tributo é aquilo que é rendido ou prestado a outro, por obrigação ou dependência. Também se presta tributo a ídolos ou a causas nobres.
Reis, faraós, imperadores e governantes sempre retiraram tributos da sociedade para se manterem no poder, sem se preocupar muito com a justiça de seus atos ou a função dos tributos arrecadados.
Na Roma antiga, o termo se generalizou para englobar todos os impostos ou taxas cobrados dos cidadãos romanos, além de representar o valor que um povo vencedor obrigava o povo vencido a pagar como símbolo de submissão e obediência.
As províncias romanas contribuíam com tributos para o império, principalmente sobre as terras, ligados aos resultados das colheitas ou à posse da terra. Foi nesse período que surgiu a figura do coletor de impostos.
O Antigo Testamento relata que os judeus, insatisfeitos com a imposição romana, perguntaram a Cristo se era justo pagar tributo a César. Cristo respondeu que deveriam dar a César o que era de César e a Deus o que era de Deus.
Com o tempo, a tributação em espécie sobre colheitas e bens deu lugar à tributação em moeda. O tributo e o poder estão intrinsecamente ligados. É o tributo que financia o Estado e mantém o governo no poder.
Nesse contexto, o povo é um agente passivo, sem poder de decisão e sem representação para gerar um tributo justo. Mesmo nas democracias modernas, os detentores do poder precisam do apoio do povo, do trabalho do povo e de seu respaldo para se manterem no poder.
As técnicas podem ser mais sofisticadas, mas o resultado é o mesmo. O tributo é, portanto, o elemento mais importante para o exercício do poder. É a transferência de recursos do povo para os governantes se manterem no poder, não sendo a prestação de serviços públicos a prioridade, mas sim a própria permanência no poder.
Mesmo que as constituições modernas afirmem que todos os homens são iguais e que o poder governante deve servir à sociedade, a prática demonstra que a sociedade serve aos governantes. Seguindo essa linha de pensamento, quanto maior o Estado, maior a necessidade de arrecadar tributos para sustentar a máquina pública.
Dr. Ivo Ricardo Lozekam
Curriculo resumido: Tributarista, Contador e Advogado, Articulista de Diversas Publicações, destacando-se a Revista Brasileira de Estudos Tributários;Repertório de Jurisprudência IOB; Coluna Checkpoint da Thomson Reuters; Associado ao IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação; e Associado da APET – Associação Paulista de Estudos Tributários. Seus artigos de doutrina sobre a recuperação do crédito acumulado de ICMS, constam no repertório de vários Tribunais Estaduais, incluindo o STJ – Superior Tribunal Federal , e o STF – Supremo Tribunal Federal.
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