Economia

Bolsa atinge maior nível em 2 anos com estímulos chineses e prévia de inflação

A Bolsa de Valores brasileira (B3) teve um desempenho positivo pelo quarto dia consecutivo, impulsionada por promessas de estímulo econômico na China e pela divulgação da prévia da inflação oficial, resultando em uma alta que levou o índice Ibovespa a atingir o seu maior nível em quase dois anos. Em contrapartida, o dólar teve uma valorização após uma forte queda na segunda-feira, com investidores aproveitando a oportunidade para adquirir a moeda estrangeira.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta terça-feira (25) aos 122.008 pontos, registrando uma alta de 0,55%. Setores importantes da economia brasileira, como petroleiras, mineradoras e siderúrgicas, foram influenciados positivamente, uma vez que têm um alto volume de exportações para a China. O patamar alcançado pela bolsa é o maior desde 11 de agosto de 2021.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou o dia sendo vendido a R$ 4,75, com uma valorização de R$ 0,017 (+0,36%). Um dia após atingir o menor nível em 15 meses, a moeda norte-americana atraiu interesse dos compradores, elevando sua cotação. Em julho, a divisa registrou uma queda de 0,84%, enquanto que em 2023 acumula uma desvalorização de 10,04%.

Fatores tanto internos quanto externos contribuíram para o comportamento positivo tanto do dólar quanto da bolsa. No cenário doméstico, a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia do índice oficial de inflação, revelou uma deflação de 0,07% em julho. Essa divulgação aumentou as expectativas de um corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic, a taxa básica de juros da economia, durante a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para a próxima semana. Mesmo com a perspectiva de redução, a Selic continuará alta, atualmente em 13,75% ao ano, o que atrai fluxos externos para o Brasil.

No cenário internacional, a notícia de que o governo chinês planeja conceder estímulos econômicos à segunda maior economia do planeta beneficiou os países produtores de commodities, dado que a China é o maior consumidor mundial desses bens primários com cotação internacional.

Ademais, o mercado global está atento à reunião desta quarta-feira (26) do Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano. Prevê-se que o órgão aumente os juros básicos dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, encerrando o ciclo de aperto monetário iniciado em abril do ano anterior. Essa medida de estímulo ao fim das altas dos juros tende a impulsionar a queda do dólar em escala global.

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