A região metropolitana de São Paulo bateu o recorde de 100 dias sem chuvas, e o restante do Brasil vai pelo mesmo caminho. O Cantareira, o reservatório que abastece a maior parte das habitações está com 40% de sua capacidade sendo que em 2013, o ano que antecedeu a crise hídrica, ele tinha 53%. As condições climáticas desfavoráveis são um alerta para toda a população e especialistas já avisam que até o fim do ano a previsão é de pouca chuva. O tempo seco por sua vez traz consequências respiratórias e acaba por afetar a saúde de milhares de pessoas, principalmente nos grandes centros urbanos.
Para que as consequências sejam menores, é necessário trabalhar com a prevenção e uma boa prevenção é a conscientização de todos, mas principalmente de moradores e prestadores de serviço em condomínios residenciais. Estes são inclusive os primeiros a tomarem medidas mais drásticas para combater o problema, enquanto os condôminos fazem a sua parte dentro de casa, por sua vez, o condomínio deve orientar funcionários e colaboradores sobre as melhores medidas a serem praticadas. Os que realizam a limpeza e higienização devem ser os que mais economizam e reutilizam a água para outros proveitos.
Por isso, é preciso desenvolver em cada condomínio um plano emergencial de trabalho que visa o uso mínimo essencial da água. Isso tem que ser contínuo, mesmo que a situação se normalize, pois afinal, como já vimos, ela pode retornar a qualquer momento e ninguém quer voltar aos tempos de racionamento de água. Ao invés de lavar a área externa e a calçada da empresa, basta varrer. Em ambientes internos, um aspirador de pó e pano úmido; ao invés de usar a mangueira, um balde que limita o uso da água, entre outras tantas medidas.
Nas residências dos condomínios, pode-se economizar água com alguns procedimentos básicos, como coletar a água que sai do chuveiro antes de aquecida em um balde e depois utilizá-la no vaso sanitário ou para lavar as sacadas. Pode-se também colocar uma garrafa de 600 mL cheia de água dentro da caixa acoplada para economizar água nas descargas. Em prédios, as caixas-d’água acopladas são os maiores vilões da economia.
Os condomínios também podem adotar alguma medida de captação de água da chuva ou reaproveitamento da água já utilizada. O condomínio já possui um reservatório que capta a água da chuva, no entanto é preciso fazer uma análise desta água, do ponto de vista bacteriológico, para verificar a possibilidade de utilização da mesma. Depois é só providenciar uma bomba para bombear e utilizá-la para lavar e regar as áreas comuns. Assim, evita-se o desperdício, o risco de doenças e ainda contribuímos para o meio ambiente.
Artigo de:
Amilton Saraiva, especialista em condomínios da GS Terceirização.
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