Coluna

Depressão: A vida em branco e preto

A depressão é hoje uma das mais importantes doenças mentais que afetam a população mundial.

Mas, infelizmente, ainda é vista com olhos preconceituosos como sinal de fraqueza, frescura, tentativa de chamar a atenção ou (ah…ESSA Já ouvi bastante!) Falta de deus.

Em geral, confunde-se o quadro de depressão com um estado passageiro de melancolia. Isso fica muito claro nos discursos do dia-a-dia. É comum as pessoas dizerem “acordei meio deprê hoje!” Ou “estou pra baixo”.

Ao contrário da melancolia, que apresenta-se em um período curto de dias ou no máximo semanas, a depressão desencadeia um sofrimento intenso e duradouro que perdura por meses ou até anos quando não tratada. Ela se manifesta no indivíduo em decorrência de uma perda significativa, gerando dentre outros sintomas:

* rebaixamento de humor, caracterizado por uma tristeza profunda;

* choro constante;

* desânimo;

* perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas;

* fadiga;

* baixa auto-estima e autoconfiança;

* apatia;

* sentimento de “vazio”;

* perda do interesse sexual;

* distúrbio do sono (apresenta insônia ou dorme demasiadamente);

* perda da vontade de viver, que em muitos casos leva ao suicídio.

A gama dos sintomas depressivos que se manifestam podem variar de pessoa para pessoa. Entretanto, para todas elas é como se a vida, as pessoas e tudo o que antes dava prazer perdesse o colorido. É, então, que ocorre a busca pelo isolamento e distanciamento social.

Como consequência a vida profissional e os relacionamentos são também afetados. A pessoa passar a não produzir como produzia antes, não consegue se concentrar nas atividades, seu raciocínio funciona de modo lentificado, os colegas de trabalho começam a achar que está “fazendo corpo mole” e a família a crer que está querendo atenção. Levantar-se da cama é difícil e cumprir com as tarefas é completamente penoso.

Por isso é tão importante o apoio familiar aqueles que estão em depressão, a fim de que consigam se amparar e recorrer à ajuda especializada.

Alguns pacientes mostram-se resistentes ao tratamento. Rejeitam a psicoterapia para não terem que tocar nas feridas causadas pelos traumas e assim gerarem mais dor. Entretanto, o processo psicoterapêutico é necessário para que pessoas nessas condições falem sobre os seus problemas, elaborem suas perdas e fraquezas e se reestruturem para, enfim, recolorirem suas vidas.

MARIANA MECHI – PSICÓLOGA | CRP 06/137028

CONTATO: (19) 98849-9226

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