Saber morrer é uma arte e uma condição humana. Morrer de qualquer coisa é que não se pode. Quem morre de rir, morre feliz. Mas quem morre de tanto chorar, conhece bem a natureza da tristeza.
Os que morrem de tanto amor, conhecem bem a dor de morrer com poesia. Há os que morrem de fome e, por esses, eu morro de dó; e não morro só, há quem morra comigo. Há os que morrem por um amigo e, quem morre de medo do inimigo, morre de puro martírio.
Quem morre na praia, sabe bem o significado do fracasso. Eu morro de medo de altura e o que me segura é saber que não sou o único a morrer dessa paúra.
Morre-se de tanto andar. E morrer de tanto se falar? Nem se fala. Aos que morrem de tanto ciúme, melhor para quem fica. Para os que morrem de inveja, já vão tarde.
O que eu quero mesmo é morrer de tanto viver. E quem não entende a arte de se morrer, morre antes mesmo de saber.
Éd Brambilla. Prosa em Verso. E VOCÊ, MORRE DE QUÊ?

Sobre Éd Brambilla
Éd Brambilla é Letrólogo, Cronista, Contista, Poeta, Contador e Massoterapeuta.
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