O ano de 2015 já começa com uma crise instaurada, uma crise econômica que também é politica e coloca os trabalhadores como os indivíduos que mais sofrem. A classe trabalhadora brasileira vem sofrendo dia após dia, mês após mês com a tentativa de retirada de direitos por parte dos governos federais e estaduais.
Como parte desta ofensiva da burguesia, que ataca a classe trabalhadora, podemos destacar alguns passos, como por exemplo, a escolha dos ministros da Fazenda, Levy, e Katia Abreu, ministra da Agricultura.
A tramitação dos Projetos de Lei (PLs) 664 e 665 são os primeiros ataques aos trabalhadores, pois alteram o acesso ao seguro-desemprego e o acesso às pensões. Os mais atingidos são os jovens e as mulheres.
Concretizando essa ofensiva temos o PL 4330 – o PL das Terceirizações, o principal ataque aos direitos trabalhistas na história do Brasil. O projeto irá terceirizar as atividades fins nas empresas privadas e, pasmem, nos setores públicos, e seu resultado é mais trabalho muito mais e ganhar muito menos.
Em respostas a esses ataques, os trabalhadores dizem em alto e bom tom que não pagarão pela crise. Tivemos um exemplo deste descontentamento no dia 15 de abril, marcado como um dia de luta da classe trabalhadora contra os ajustes fiscais dos governos e principalmente uma defesa incansável contra o PL 4330, quando o país se movimentou de norte a sul em defesa de direitos.
Durante os primeiros meses do ano já se instauraram no país várias greves, dos metalúrgicos por conta das demissões em massa e dos professores em defesa de uma escola pública e na luta por uma maior valorização dos profissionais da Educação.
As greves da educação tomaram conta de vários estados do país, como a dos professores de São Paulo e do Paraná. A primeira é marcada por ser uma greve que se completa quase 50 dias e que deixa claro que não há prioridade pela educação por parte dos governos. A segunda como uma greve que trava uma luta em defesa dos direitos dos professores e que o governo Beto Richa utilizou de toda a violência policial para coibir os professores a não lutarem.
Assim os trabalhadores vão as ruas para lutar por direitos, direitos esses que estão em risco. Este dia 1 de maio com certeza ficará marcado como um dia de luta em defesa da classe trabalhadora, contra os ajustes fiscais dos governos, contra a PEC 4330 e principalmente da luta por garantia dos direitos fundamentais dos trabalhadores.
Ronaldo da Cruz Bragança – Professor da Rede Pública Estadual- Formado em Ciências Sociais pela PUC Campinas e Sociólogo
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