A Polícia Militar iniciou na terça-feira (15), no Centro de Material Bélico, a fase de testes para a aquisição de 1,3 mil fuzis. O objetivo, além de modernizar o arsenal da instituição, é garantir aos policiais condições mais seguras e adequadas no combate à criminalidade e aumentar a percepção de segurança da população.
A compra, realizada por meio de processo licitatório internacional, contempla 1 mil unidades de fuzis calibre .7,62 e 300 unidades de fuzis calibre .5.56. Durante realização de pregão público para o fornecimento dos modelos, a italiana Beretta apresentou propostas com menor valor. A fabricante, porém, não entregou os modelos para avaliação dentro do período previsto no edital sendo, portanto, sucedida pela empresa belga FN Herstal.
A fabricante da Bélgica apresentou proposta de R$ 13.497,60 (€ 3.000) por cada unidade do fuzil calibre .7,62 modelo Scar-H, e uma proposta de R$ 12.220,91 (€ 2.711) por cada unidade do fuzil calibre .5.56 modelo Scar-L. Se os modelos forem aprovados na fase de testes, o investimento para a aquisição dos 1,3 mil novos fuzis será de R$ 17,1 milhões.
O modelo Scar-L, calibre .5.56, foi apresentado nessa terça-feira (15) no Centro de Material Bélico da Polícia Militar. Nesta quarta-feira (16), a fase de testes foi iniciada no estande de tiros da Academia de Polícia Militar do Barro Branco. Esta etapa terá duração de 10 dias, quando serão reproduzidas avaliações que constam na norma OTAN AC/225D/14. Trata-se de uma padronização de controle de qualidade internacional específica para as chamadas “armas leves”.
De acordo com o tenente-coronel Marco Valério, do Centro de Material Bélico da Polícia Militar, atender a estes critérios é fundamental para garantir maior segurança, qualidade e durabilidade na aquisição e no manuseio dos fuzis. Ao término dos 10 dias de testes com o modelo, terá início a fase de testes com os fuzis calibre .7,62.
Enquanto o fuzil .556 é mais leve e apropriado para operar em ambientes urbanos, o .7,62 dispara projéteis maiores e capazes de percorrer distâncias mais longas. Trata-se de uma arma de apoio, principalmente para os Batalhões de Choque e para os Baeps, unidades vocacionadas ao enfrentamento do crime organizado.
Programa de modernização
Essas aquisições fazem parte do Programa de Modernização das Armas, do Governo do Estado de São Paulo, que é responsável pela aquisição de 40 mil pistolas .40 e 1 mil armas de incapacitação neuro-muscular. Estão previstas ainda licitações para compra de 10 metralhadoras leves, 1 mil submetralhadoras, 4 mil coletes de proteção balística, dois fuzis de precisão (sniper) e munições, tanto para os fuzis de precisão quanto para calibre .12. A aquisição faz parte de um pacote de investimento de R$ 108,9 milhões
“Estamos adquirindo ferramentas de trabalho. Isso é um respeito ao profissional que passa a ter melhores condições de trabalho”, disse o Secretário da Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, durante a cerimônia de assinatura de compra de 40 mil pistolas semiautomáticas, na segunda-feira (14).
A modernização do arsenal das forças públicas de segurança do Estado de São Paulo vem de encontro à necessidade de melhorar ainda mais as condições de enfrentamento ao crime. Apenas neste ano de 2019, até o mês de julho, mais de 7 mil armas de fogo haviam sido apreendidas e retiradas de circulação em todo o Estado. Deste total, 156 eram fuzis que estavam em poder de criminosos.
“Esta política de segurança objetiva que a Polícia Militar do Estado de São Paulo seja uma referência internacional tanto na adoção de boas práticas quanto na qualidade de seus equipamentos”, diz o tenente-coronel Marco Valério.
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