Além de homicídio, o caso está sendo apurado como fraude processual, visto que há indícios de que os agentes não preservaram o local do crime
Um homem ainda não identificado foi morto durante uma ação policial na noite de terça-feira, em Sumaré. Segundo a Polícia Militar, após roubar um carro no Centro de Sumaré, o suposto criminoso teria fugido por um matagal, onde passou a trocar tiros com os agentes. Ele estaria na companhia de um comparsa, que de acordo com a PM, teria fugido. Porém, o caso também está sendo analisado como fraude processual, pois, segundo a Polícia Civil, a PM não teria preservado o local do crime e teria levado duas testemunhas para prestarem depoimentos no 48º Batalhão da PM, ao invés da delegacia do Município, como é o de praxe.
Segundo o boletim de ocorrência, por volta das 22h30, dois homens armados teriam roubado um Fox branco na região central de Sumaré. Uma viatura da PM teria visto o veículo e passado a persegui-lo.
Durante a perseguição, os criminosos teriam colidido contra outros dois carros. Em ação rápida, eles teriam descido do veículo e fugido a pé, pela Rua Eugência Coltro, no Jardim Marchissolo. Após descer do veículo, um dos criminosos teria efetuado um disparo contra a viatura.
MATAGAL
De acordo com a PM, as informações dadas eram de que os criminosos teriam fugido pela linha férrea, sentido a cidade de Hortolândia. Com a ajuda do farol da viatura, um dos policiais teria afirmado ter visto um vulto e, logo em seguida, terem sido surpreendidos com um disparo de arma de fogo.
Os policiais relataram que passaram a trocar tiros com o suspeito, que foi atingido com dois tiros no abdômen. A PM afirmou ter acionado o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), que foi até o local e constatou a morte do rapaz, que continua sem identificação.
No bolso do suspeito morto, a PM teria encontrado um cachimbo, utilizado por usuários de drogas para fumar crack.
FRAUDE PROCESSUAL
Segundo informações da Polícia Civil, após a ação, os policiais militares teriam levado as testemunhas para o 48º Batalhão da Polícia Militar, onde as mesmas prestaram depoimento. Entretanto, os investigadores relatam que as testemunhas deveriam ter sido encaminhadas para o Plantão Policial de Sumaré. A PM afirma que as testemunhas se negaram a ir até a delegacia, por isso foram levadas até o Batalhão.
A perícia técnica foi até o local e realizou perícia técnica, não localizando a arma usada pelo suposto criminoso. Após o trabalho da Polícia Científica, segundo o boletim de ocorrência, a arma, um revólver calibre 22, foi apresentada à Polícia Civil como sendo a do rapaz morto.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Sumaré como homicídio após intervenção policial e fraude processual e um inquérito será instaurado. A reportagem tentou contato com o setor de comunicação da PM, mas não obteve retorno.
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