Seis moradores de Hortolândia são alvos de operação da PF

A Polícia Federal (PF) de Campinas deflagrou, nesta sexta-feira (16), a Operação Baiuca, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida em roubos de cargas, furtos de caminhões e lavagem de dinheiro.

Operação em andamento

• 6 homens de Hortolândia são alvos de mandados de prisão temporária e busca e apreensão.
• Os mandados começaram a ser cumpridos às 6h desta sexta (16) em endereços residenciais.
• A operação também ocorre em Campinas, Limeira e Paulínia, com 120 policiais federais e apoio da Guarda Civil de Paulínia (GCM).
• Ao todo, são 19 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão, incluindo residências, adegas e uma transportadora ligadas ao grupo.
• A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 1,75 milhão em bens dos investigados.

Crimes e penas

Os envolvidos responderão por:

• Formação de organização criminosa
• Roubo de cargas e caminhões
• Lavagem de dinheiro
  As penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

Modus operandi da quadrilha

A investigação, iniciada em abril de 2024, apontou que o grupo:

• Era liderado por um morador de Paulínia, que recrutava integrantes para os crimes.
• Agia com três assaltantes por ação, rendendo motoristas com armas de fogo ou simulacros.
• Sequestrava os condutores até a retirada da carga e desvio do veículo.
• Roubava principalmente combustíveis e bebidas, revendidos em adegas controladas pela quadrilha (também usadas para lavagem de dinheiro).
• Foi responsável por 22 crimes entre 2023 e 2024 em cidades como:
  • Americana (março/2024)
  • Sumaré (dois roubos em março e outubro/2023, além de uma tentativa em maio/2023)

Perfil dos alvos

• Dos 19 mandados de prisão, 6 investigados já estão presos por outros crimes (roubo e tráfico).
• Entre os alvos, há 14 homens e 1 mulher, além de 7 empresas (6 do ramo de bebidas e 1 de transportes).

Histórico de operações da PF

A Delegacia da PF em Campinas mantém um grupo especializado no combate a crimes contra o transporte rodoviário. Desde dezembro de 2021, já realizou mais de 250 prisões em operações como:

• 2022: Rapina
• 2023: Insídia, Malta, Caterva, Malta II, Volvere, Cicônia, Aboiz
• 2024: Cacaria, Barrière, Vitreum, Ladinos
• 2025: Hammare e Baiuca

Origem do nome “Baiuca”

O termo refere-se a botequins de má fama, em alusão aos estabelecimentos usados pela quadrilha para escoar mercadorias roubadas e lavar o dinheiro obtido ilegalmente.