Um adolescente de 15 anos confessou na tarde de quarta-feira que estuprou o menino Kauã Henrique Vicente Bueno de Souza, de apenas 6 anos, encontrado morto dentro da caixa d’água do ginásio de uma escola infantil no Jardim Picerno, em Sumaré. Apesar de confessar o estupro, o adolescente nega que tenha matado a criança. A revelação causou tumulto na Delegacia de Defesa da Mulher. Familiares e populares tentaram linchar o menor, mas foram contidos pela Polícia Militar.
De acordo com o delegado Pedro Sérgio Garcia Cortegoso, na tarde desta quarta-feira, o menor teria confessado ao pai que estuprou a criança. Devido a pressão que o menor estava sofrendo da população do bairro, que já desconfiava dele, o genitor acionou uma viatura da PM e contou a revelação.
O adolescente e o pai, que trabalha recolhendo materiais recicláveis, foram levados para a DDM onde prestaram depoimento. Para o delegado, o adolescente contou que foi até a lan house onde estava a criança.
Após falar com o menino, segundo o menor, Kauã teria perguntado se ele tinha dinheiro para “jogar” na lan house. Em seguida, o adolescente mostrou para a criança uma nota de R$ 2 e saiu, sendo seguido por Kauã.
Ainda segundo o depoimento, informado pelo delegado à imprensa, os dois entraram na quadra da Escola Municipal Professora Martha Smolli Domingues, onde, segundo o adolescente, a criança teria “se oferecido”. Após o estupro, Kauã teria subido até a caixa d’água para nadar e o menor teria continuado na quadra.
O adolescente afirma que percebeu que Kauã estava se afogando e tentou ajudar, mas não obteve êxito. O laudo pericial, segundo o delegado, constatou que Kauã morreu de afogamento, porém, exames mais aprofundados apontarão se existem outras marcas de violência que mostrem que Kauã tenha sido afogado pelo adolescente e não de forma acidental.
Após o caso, o adolescente teria voltado para sua residência, por volta das 23h do domingo.
Segundo o delegado, a Polícia Civil investiga se existe a possibilidade da participação de terceiros. Para Karen Bueno de Souza, mãe da criança, o adolescente não agiu sozinho. “Meu filho tinha medo de altura, ele não iria conseguir subir. Esse menino teve a ajuda de mais gente”, afirmou a mulher, que se sentou em frente a viatura para impedir a saída do acusado.
O inquérito policial e os depoimentos foram encaminhados para o promotor da Vara da Infância e da Juventude, que decidirá se o adolescente será apreendido ou não.
REVOLTA
Familiares e amigos da família estavam revoltados e tentaram linchar o adolescente, que recebeu escolta policial. Desolados, os familiares gritavam por Justiça e pediam a ajuda das autoridades.
Segundo a tia da criança, Daiana Cristina de Souza, era costume das crianças do bairro usarem a caixa d’água. A tia ainda afirma que o adolescente teria acusado outras pessoas antes. “Ele acusou o zelador do ginásio. O zelador veio até a delegacia e registrou um boletim de ocorrência”. “Ele também chegou a acusar o dono da lan house”, contou.
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