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Prefeitura e Emdec adotam medidas para amenizar paralisação de ônibus

Protesto provocou problemas para passageiros e no trânsito de Campinas.
Ônibus da região leste, sul e oeste não circularam durante esta manhã.

Paralisação de motoristas provocou superlotação nos coletivos (Foto: Reprodução/ EPTV)

A Prefeitura e a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) divulgaram no fim da manhã desta sexta-feira (09/08) medidas para amenizar os problemas da segunda paralisação dos ônibus do transporte público. O protesto contra o convênio médico, que está no segundo dia, envolveu inicialmente os funcionários da VB-3, que atende a região leste da cidade. Depois, motoristas e cobradores que trabalham no transporte para a região sul e oeste aderiram à greve. No total, segundo a Transurc (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas) 517 veículos não circularam na cidade, mas o número de usuários prejudicados não foi divulgado.

Entre as providências para garantir a mobilidade do trânsito, a Prefeitura informou por meio de nota que pretende acionar o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para decidir sobre a manutenção do percentual da frota circulando até a solução do problema.

A prefeitura também informou que está mantendo contato com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Campinas e Região e com o consórcio que gerencia as empresas de ônibus para que as duas partes entrem em acordo e solucionem o impasse.

A Emdec acionou administrativamente as empresas e comunicou que aplica uma multa administrativa de R$ 248,88 por descumprimento de cada viagem não realizada. Agentes de trânsito foram deslocados para as regiões em que estão concentrados os veículos para aplicar multas aos veículos que não concluíram as viagens e também orientar os condutores. As obras da Avenida Luis Smânio, importante via na região Norte, foram suspensas até a normalização do trânsito.

Impasse ‘intolerável’

Segundo o secretário de Transportes, Sérgio Benassi, a notificação das empresas não precisa ser feita somente nas ruas pelos agentes de trânsito da Emdec. Os sistemas da CimCamp, que concentra o monitoramento das principais vias da cidade, também podem ser utilizados para registrar os veículos que estão parados e as empresas poderão ser multadas por não executarem as viagens previstas.

Ao menos 78 agentes foram deslocados para atender as solicitações referentes ao transporte público no período da manhã. “Desde a madrugada estamos conversando com a empresa e o sindicato para eles resolverem o problema. É um problema que se alastrou. Não temos muita referência do que está acontecendo. Não acompanhamos a relação entre empregado e empresa, o que fazemos apenas é a gestão do sistema. Não entendemos que um elemento pontual tomou essa proporção”, explica o secretário. Sobre os planos de contenção, Benassi disse que não foi possível alocar veículos de outras regiões já que 61,2% pararam as atividades.

O secretário afirma que recebeu um comunicado do sindicato que mostra que a categoria recebeu a informação sobre o plano de saúde e foi informado de que o problema teria sido resolvido durante a reunião de quinta-feira (8). “A Emdec não vai tolerar isso, o problema tem que ser resolvido em horas. É uma questão de urgência”, explica. Ainda de acordo com Benassi, nenhuma empresa se manifestou sobre as solicitações feitas pela pasta como a exigência do retorno de 50% da frota até as 11h30.

Trânsito ‘trava’ em Campinas

Os ônibus do transporte público de Campinas, das linhas vermelha e azul escuro, que atendem, respectivamente, as regiões oeste (Campo Grande, Padre Anchieta e Corredor John Boyd Dunlop) e sul (bairro Nova Europa, Rodovia Santos Dumont e Aeroporto de Viracopos) também pararam de circular na manhã desta sexta-feira, segundo a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).

A linha verde, que abrange os distritos Barão Geraldo e Sousas, além da região do Amarais, Rodovia Campinas-Mogi e Corredor Abolição, está parada por causa de um protesto de motoristas e cobradores da VB por alteração no plano de saúde, o que afeta o trânsito da cidade. O Terminal Central está fechado nesta manhã e apenas a linha azul claro, que atende o Ouro Verde, Vila União e Corredor Amoreiras, manteve a operação, segundo a Emdec.

Os coletivos foram estacionados em vias próximas ao Terminal Central após o desembarque dos passageiros. Segundo a Emdec, foi registrado congestionamento por volta das 7h na João Jorge, Prestes Maia, Marginal Piçarrão, Lix da Cunha, Alberto Sarmento, Andrade Neves, Barão de Itapura, Brasil, Salles de Oliveira, Barão de Jaguara, e Washington Luis.

Pelo menos 250 ônibus também foram utilizados para bloquear o corredor de ônibus da Avenida Lix da Cunha, conhecida como Sul-leste, que liga o Centro à Rodovia Anhanguera (SP-330), que dá acesso a outras cidades da região, como Sumaré (SP), Hortolândia (SP), Nova Odessa (SP) e Americana (SP).

Terminal Metropolitano Prefeito Magalhães Teixeira ficou vazio com a paralisação (Foto: Reprodução/ EPTV)

O primeiro dia de paralisação, nesta quinta-feira (9), envolveu a empresa VB-3 e parte dos ônibus da linha verde, que atende a região leste, deixou de circular durante 11 horas. A diretoria da empresa informou que o grupo teria recebido explicações sobre as mudanças feitas no plano médico. No entanto, mesmo com a reunião os motoristas e cobradores voltaram a interromper os trabalhos durante esta manhã.

Um levantamento da Associação das Empresas de Transporte Urbano de Campinas (Transurc) apontou que 61,2% dos veículos não operaram na cidade. A paralisação nas linhas azul claro, azul escuro e vermelha foi resultado de um efeito ‘cascata’ do protesto de funcionários da empresa VB Transportes 3, que atende a linha verde, para reivindicar mudanças no plano de saúde dos motoristas e cobradores.

Fonte: G1/Campinas e Região


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