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Pneus queimados e interdição de entrada no Vila Soma, em Sumaré: entenda o motivo

Na manhã do último domingo (26), um grupo de moradores da Vila Soma, em Sumaré, bloqueou a entrada do bairro queimando pneus e entulhos.

Vídeos compartilhados em grupos de WhatsApp mostram alguns moradores expressando insatisfação com a desocupação forçada, já autorizada pela Justiça, para 18 famílias que não assinaram o contrato de compra com a empresa Fema. Esse procedimento é necessário para que os ocupantes se tornem proprietários de seus terrenos. Nos vídeos, algumas pessoas afirmam que não aceitarão a desocupação e pedem a saída do vereador Willian Souza (PT) e da Coordenação da Vila Soma como representantes das famílias.

Estava prevista para este domingo uma assembleia entre os moradores para discutir as ações sobre a reintegração de posse, mas a reunião não ocorreu. As 18 famílias que não assinaram o contrato com a Fema ocupam lotes nas ruas Império, Vitória, Aviação, das Orquídeas, Faroeste Caboclo, Missão e Lírios do Vale, além da Avenida Soma. Em resposta à recusa, a Fema solicitou a desocupação forçada, aprovada na última quinta-feira (16) pelo juiz André Pereira de Souza, da 2ª Vara Cível de Sumaré. A medida pode ser revertida se os ocupantes aceitarem assinar o contrato.

Repercussões da manifestação na Vila Soma

Em nota, a Coordenação da Vila Soma informou que 15 pessoas participaram da manifestação e lamenta que, “por questões infundadas e interesses políticos”, as pessoas que mais “ajudaram no momento mais delicado do bairro estejam sofrendo ataques deste tipo em um ano eleitoral”.

“A Vila Soma é, atualmente, um bairro regularizado. Mais de mil famílias já receberam suas escrituras e contam com energia elétrica regular, transporte público e um módulo de saúde. A rede de água e esgoto está em fase de instalação e, em breve, o asfalto será concluído”, menciona a nota. Segundo a coordenação, os ocupantes dos lotes que não assinaram o contrato não se manifestaram no processo de compra e venda, apesar das “inúmeras” tentativas de negociação pela coordenação do bairro e pela Fema, com diversas condições oferecidas.

“Isso ocorre porque, hoje, a Vila Soma é um bairro regular como qualquer outro”, ressalta. A coordenação destaca que, devido ao desinteresse desses moradores na negociação de compra e venda, a empresa responsável acionou a Justiça para reivindicar os terrenos. Também enfatiza que permanece aberta ao diálogo e “disposta a encontrar uma solução viável para ambas as partes”.

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