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Nova Odessa obtém classificação de ‘país desenvolvido’ no controle de perdas de água

Se fosse um país, Nova Odessa estaria entre as dez nações do mundo que menos perdem água na rede de distribuição. A informação faz parte do relatório de prognóstico do “Plano Municipal de Saneamento Básico”, que foi lançado em 2013 como principal instrumento de planejamento da política de saneamento do município e está em processo de revisão.


De acordo com o levantamento, que reúne dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), plataforma de monitoramento dos serviços de água e esgoto do país, o município tem índice de perdas de país desenvolvido e se enquadra na categoria A da classificação feita pela Associação Internacional da Água (IWA, sigla em inglês).

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Em 2017, ano-base do último relatório divulgado pelo SNIS, que é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, o índice de perdas de água medido pela Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa), era de 28,99% ou 71,10 litros diários por domicílio ligado à rede. No ano passado, o índice caiu para 64 litros, atingindo 26%.


A IWA atribui categoria A de país desenvolvido (a classificação vai até D) a nações com perdas inferiores a 75 litros diários por ligação, em redes com pressão média de até 30 mca (metros de coluna d’água) – unidade usada para medir a pressão da água. A pressão média na rede de distribuição de Nova Odessa foi calculada em 28 mca, em 2017.

A pressão média da rede de distribuição é monitorada em tempo real pela (Central de Controle Operacional) da Coden e acompanhada pela Ares-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).

De acordo com ranking mundial divulgado no ano passado pelo Instituto Trata Brasil, com base em dados compilados pela IWA, Nova Odessa estaria entre os dez detentores das menores perdas, atrás de México (24,1%), Bangladesh (21,6%), Bélgica (20,6%), Reino Unido (20,6), China (20,5%), Coreia do Sul (16,3%), Estados Unidos (12,8%), Austrália (10,3%) e Dinamarca (6,9%). O Brasil, por outro lado, está entre os que mais desperdiçam água, com índice de perda de 38,5%.

Para o prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza, a classificação da IWA reflete a excelência dos serviços prestados pela Coden, que comemorou 42 anos de fundação nesta segunda-feira (25). “Assumimos a Prefeitura com um índice de perdas de quase 50%. Estamos trocando toda a rede e, com isso, já derrubamos o índice para 26%. Essa redução está permitindo que retiremos menos água de nossas represas [em relação a 2013] para o abastecimento de uma população muito maior. Isso é otimizar o sistema”, avaliou o prefeito, reforçando que o objetivo é atingir o índice de 20% até 2020.

Nos últimos seis anos, a Coden, empresa de economia mista que tem a Prefeitura de Nova Odessa como acionista majoritária (99,96% das ações), investiu R$ 50,1 milhões em melhorias nas redes de água e esgoto. Desse total, 32,97 milhões foram aplicados no sistema de abastecimento de água. Outros R$ 17,15 milhões foram investidos nos sistemas de coleta, afastamento e tratamento de esgoto. Além da substituição da rede, ainda em curso, foram comprados modernos sensores de vazamento, válvulas de controle de pressão, veículos, máquinas e equipamentos.

O diretor-presidente da Coden, Ricardo Ongaro, destacou o impacto dos investimentos no sistema de abastecimento. “A troca da rede e a consequente redução de perdas têm permitido que gastemos menos com tratamento e ofereçamos mais água de qualidade à população. Isso é bom para o município e para a população. Esses investimentos garantirão que possamos atender as gerações futuras de forma sustentável”, afirmou Ongaro.

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