Trabalhadores têm 30 dias para elaborar nova proposta de plano de saúde.
Nesta sexta, 69% da frota parou e Transurc chegou a ameaçar demissões.
Após dois dias consecutivos de paralisação do serviço de transporte público municipal em Campinas (SP), os ônibus voltaram a circular com a frota total na cidade na manhã deste sábado (10). Embora o fim do movimento tenha sido anunciado na noite de sexta, muitos trabalhadores já haviam deixado o local de trabalho e o retorno das atividades não foi totalmente efetivado.
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Anexos de Campinas informou na manhã deste sábado que nos próximos 30 dias, até que seja redefinido o novo modelo de plano de saúde dos motoristas não está prevista nova paralisação, a não ser que as empresas descumpram o acordo assinado pelas partes antes do fim da paralisação.
Pelo trato feito entre a Associação das Empresas de Transporte Urbano de Campinas (Transurc) e os sindicalistas, nesse período de até 30 dias, os trabalhadores terão o desconto do convênio médico reduzido e não terão restrições quanto ao número de consultas autorizadas, como estava previsto no modelo que vigorava antes dos protestos. Segundo os sindicalistas, serão realizadas reuniões com os trabalhadores, que apresentarão uma proposta de novo modelo definitivo de plano de saúde à associação.
De acordo com balanço da Transurc, durante a tarde desta sexta-feira (9), 651 dos 931 ônibus do transporte público da cidade não circularam. A adesão corresponde a 69% do total de veículos que atendem a população. A paralisação nas linhas azul claro, azul escuro e vermelha foi resultado de um “efeito cascata” do protesto de funcionários da empresa VB Transportes 3, que cruzaram os braços nessa quinta-feira para reivindicar as referidas mudanças no plano de saúde.
Demissão
De acordo com a Transurc, o acordo foi firmado e formalizado em ata por volta das 18h. No documento, os operários se comprometem com o “imediato encerramento do movimento grevista”. Apesar disso, segundo o diretor de Comunicação da Transurc, Paulo Barddal, e o próprio sindicato, um grupo de trabalhadores teria se recuado a cumprir a decisão.
Diante do impasse, a Transurc emitiu um aviso de que quem não retomasse o trabalho seria demitido por justa causa. Na manhã deste sábado, o próprio sindicato informou que o acordo foi aprovado em assembleia pelos trabalhadores e, de fato, aqueles que não retornarem às atividades caracterizariam ausência injustificada e poderiam ser punidos por isso.
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