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Zoonoses investiga quantidade de larvas do Aedes aegypt em Hortolândia

Agentes vão visitar 3 mil imóveis sorteados para avaliar quantidade de larvas; resultado direcionará ações de combate à Dengue e outras doenças

A Prefeitura de Hortolândia, por meio da UVZ (Unidade de Vigilância e Zoonoses), órgão da Secretaria de Saúde, iniciou nesta terça-feira (03/01) a ADL (Avaliação de Densidade Larvária), também conhecida como Índice Breteau, cujo resultado indica a média de larvas do mosquito Aedes aegypti por imóveis. A pesquisa acontece três vezes por ano e, com base na quantidade de larvas encontradas, é possível saber se há risco de epidemia de doenças como Dengue, Chikunginya, Zika e Febre Amarela. Para a pesquisa, agentes da UVZ vão vistoriar três mil imóveis em toda a cidade, sorteados aleatoriamente. A ação teve início pelos bairros Orestes Ôngaro e Jd. Minda.

A população deve permitir o acesso destes agentes à residência e acompanhar a visita. Durante a vistoria, os profissionais verificarão vasilhas e utensílios que podem acumular água. Eles também coletarão amostras de larvas para análises. Os agentes estão identificados com uniforme e crachá e, durante a ação, não são solicitados documentos pessoais, cartão bancário, ou outra informação.

O resultado da ADL é dividido em três escalas: de 0 a 1 são considerados em nível baixo; de 1 a 4, médio; e resultados superiores a 4, alto. Um índice baixo sinaliza que o controle dos criadouros tem sido eficaz, eliminando a maioria dos focos do mosquito Aedes aegipyt. Já quanto maior for o índice, mais chance de aumento de casos positivos de doenças. “Por isso, com base nos resultados, o município consegue identificar as regiões onde há mais larvas do mosquito e traçar um plano de ação de combate”, destaca o coordenador da UVZ, Ibraim Almeida.

Na pesquisa de Índice Breteau realizada em outubro de 2018, o índice de Hortolândia foi de 2,5. Em novembro, uma outra ADL foi realizada, mas o resultado ainda não foi divulgado. Ao longo do ano, a cidade registrou 38 casos positivos de Dengue e dois de Chikungunya. Não há confirmação de casos de Zika ou Febre Amarela na cidade.

Prefeitura faz a parte dela

Em setembro passado, a Secretaria de Saúde formalizou o Plano Municipal de Combate a Arboviroses. Com este plano, a Prefeitura traça as ações básicas para combate às doenças, como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti; prevenção, com orientação à população; e tratamento de pacientes, incluindo a conduta dos profissionais da rede de saúde quanto a necessidade de notificação dos casos suspeitos, até o atendimento hospitalar de casos mais graves. “Este plano traz as diretrizes de ação para evitarmos a ocorrência de uma epidemia”, destaca a secretária de Saúde, Odete Carmem Gialdi.

Para conscientizar a população sobre a importância de manter casas, quintais e terrenos livres de criadouros do Aedes aegypti, a Prefeitura lançou, em 2017, a Agenda Verde, ação que envolve diversas atividades, como a Operação Cata-Bagulho e o plantio de árvores em terrenos antes ocupados por lixo, tudo com o objetivo de deixar a cidade mais limpa. Além de colaborar com a manutenção urbana, a Agenda Verde busca despertar na população o sentimento de parceria, uma vez que todos são responsáveis pela limpeza da cidade. A Prefeitura acredita que, mobilizando a população, será mais fácil resolver, em conjunto, questões ambientais que se tornam problemas de saúde pública, como estas doenças.

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