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Setembro Azul: Prefeitura abre Escola Bilingue à comunidade

Diversas atividades foram realizadas na Emef Renato Costa Lima, nesta quinta-feira (27/09), com tradução em Libras

A Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, abriu as portas para a comunidade conhecer o projeto Escola Bilingue realizado na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Renato Costa Lima, no Jardim Amanda. Há quatro anos, a unidade abriga o pólo de alunos surdos e oferta atendimento especial em Libras (Língua Brasileira de Sinais). O evento, nesta quinta-feira (27/09), faz parte das atividades do Setembro Azul, mês que celebra o Dia da Pessoa Surda (26/09). 

Durante o evento, aconteceram apresentações de malabarismo, teatro, contação de histórias e músicas desenvolvidas pelos alunos ouvintes traduzidas em libras, além de exposição de trabalhos produzidos pelos alunos. 

A ideia de manter numa escola municipal a maioria dos alunos surdos atende recomendações de especialistas e legislação nacional (Lei 10.436/2002 e Decreto 5.626/2005) que aponta que o atendimento de surdos em grupos favorece o desenvolvimento linguístico, no caso, a Libras como primeira língua e o português como segunda língua. Na Emef Renato estão matriculados, atualmente, 13 alunos surdos, das 16 crianças no Ensino Fundamental de Hortolândia (a cidade tem outros três alunos surdos na EJA – Educação de Jovens e Adultos, e dois na Educação Infantil). 

Atualmente, existem 9 milhões de pessoas surdas no Brasil, segundo dados  divulgados pelo Ines (Instituto Nacional de Educação de Surdos), órgão vinculado no Ministério da Educação e responsável por subsidiar a formulação da Política Nacional de Educação de Surdos.

De acordo com a diretora da Emef, Luceli Grizante, o evento desta quinta-feira foi criado para comemorar as conquistas das pessoas surdas e despertar o interesse na comunidade pelo ensino de Libras.

Libras

A Libras foi reconhecida como língua em 1960, nos Estados Unidos. No Brasil, a regulamentação da Libras por meio de legislação nacional ocorreu em 2005, tendo como principais orientações a oferta desta língua como disciplina curricular; o ensino da língua portuguesa oferecida aos alunos surdos como segunda língua; e a formação de profissionais bilíngues.

Por ser uma legislação ainda recente, a oferta de Libras nas escolas da rede pública ainda esbarra na formação de profissionais aptos a ensinar nesta língua. Em Hortolândia, no entanto, a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia dribla este desafio com a promoção de cursos e oficinas, tanto para os profissionais envolvidos no Projeto Escola Bilíngue quanto para a comunidade em geral. “Há um curso que é aberto a toda população e acontece no Centro de Formação dos Profissionais em Educação Paulo Freire, com inscrições todo início de ano. Aqui na nossa escola, os professores e demais funcionários também aprendem Libras durante a realização de trabalhos pedagógicos. Nem todos são fluentes, mas conseguimos nos comunicar muito bem com os alunos. Além disso, contamos com duas professoras de educação especial e uma educadora infanto juvenil, fluentes”, destaca a diretora.

 

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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