O Samu (Serviço de Atendimento Móvel) de Hortolândia completou, no início deste ano, 11 anos de implantação em Hortolândia. Em todo este tempo, as equipes de socorristas realizaram cerca de 210 mil atendimentos. Apesar de a maioria dos socorros ser de pessoas doentes ou feridas, os profissionais também colecionam histórias felizes, como os inúmeros partos realizados com apoio das equipes. Nos últimos seis meses, foram 89 casos como este. O mais recente foi em fevereiro, quando uma criança nasceu dentro da viatura do Samu, em frente à UPA-24h (Unidade de Pronto Atendimento) do Jd. Rosolen. O atendimento foi bem sucedido: mãe e bebê passam bem.
“Fui para a UPA porque estava com muitas dores. A ambulância chegou e me encaminharam para a Maternidade, mas não deu nem tempo de chegar na esquina. Minha bebê nasceu lá mesmo. Fui muito bem acolhida pela equipe do Samu e também pela UPA, que me deram toda assistência no nascimento da minha filha”, disse a caseira Edna Aparecida Miguel Ventura, de 33 anos, moradora do bairro Chácara Nova Boa Vista. A bebê, que recebeu o nome de Rebeca, é fruto da 7ª gestação de Edna.
Um dos socorristas que participou deste atendimento é o condutor Àtila Fiori, que está no Samu de Hortolândia há 10 anos. “Este foi o quinto parto que auxiliei. Sempre é uma emoção diferente. No nosso dia a dia, há muita morte. Ver alguém vindo ao mundo é gratificante”, descreve Fiori.
Conforme explica o coordenador do Samu, José Roberto Silva, o parto é um processo natural. “O trabalho do Samu é dar suporte, mas o parto acontece sozinho. Só no caso de alguma complicação é que o socorrista intervém. Nestes 89 casos dos últimos seis meses, só em quatro precisamos agir. No restante, apenas esperamos o nascimento e conduzimos a paciente e o bebê até a maternidade”, descreve.
Foi o que aconteceu no caso atendido pela equipe da qual Fiori faz parte. “Chegamos na UPA Rosolen com outra paciente e nos deparamos com a mãe em trabalho de parto. A enfermagem pediu que levássemos ela até a maternidade, mas quando entramos na viatura, não deu tempo. Paramos a ambulância e a mãe deu a luz ali”, disse o condutor. “É uma realização pessoal muito grande para o socorrista que dá suporte a um parto”, comenta o coordenador do Samu.
Além de comemorar os casos de partos bem sucedidos, o Samu também realiza um importante trabalho preventivo, com objetivo de proteger a vida. “Muita gente acha que o Samu só faz socorro. Mas nós também realizamos ações de proteção às pessoas, garantindo que tudo corra bem em eventos e festas de grande concentração de pessoas, por exemplo”, explicou Silva.
Apesar disso, o maior volume de atendimentos, infelizmente, está relacionado a acidentes e mal súbitos. São cerca de 70 chamados por dia, de acordo com dados do serviço de triagem de ligações, que atende Hortolândia e Sumaré. Metade são para atendimentos em Hortolândia. Para dar conta de tantos chamados, o Samu de Hortolândia conta com 92 profissionais, entre técnicos de enfermagem, condutores, enfermeiros, técnicos e auxiliares de regulação médica, operadores de rádios, profissionais do setor administrativo. Isso sem contar os médicos: são cinco profissionais fixos, que trabalham em escala, e 50 contratados para apoio. Há sete ambulâncias, sendo duas reserva e uma equipada com UTI (Unidade de Terapia Intensiva), além de duas motolâncias, veículos que colaboram para a oferta de socorro rápido, com assistência inclusive a lugares onde a ambulância não chega. “No último ano, as ambulância rodaram 159.439 quilômetros: o equivalente a 13 voltas na Terra”, comparou o coordenador do Samu. As equipes de socorristas contam, ainda, com apoio do Helicóptero Águia, do Grupo de Radiopatrulhamento Aéreo de Campinas. “Estamos preparados para agir imediatamente para salvar vidas”, ressaltou Silva. “Realizamos capacitações constantes, atividades de treinamento e simulados. Tudo com objetivo de garantir atendimento rápido e bem sucedido”, completou.
Samu 192
O SAMU de Hortolândia foi implantado em 23 de janeiro de 2008, no primeiro governo do prefeito Angelo Perugini. Com a oferta deste serviço, a Prefeitura presta um serviço mais ágil de socorro à população, em casos de acidentes ou mal súbito.
O serviço de acionamento do Samu pelo telefone 192 é um importante instrumento para a rede pública de saúde, uma vez que as equipes tem agilidade e eficiência no atendimento de situações graves. No entanto, este trabalho pode ser prejudicado, caso o telefone 192 seja utilizado de maneira incorreta ou criminosa. Passar trotes para o Samu é crime, previsto no artigo 30 do Código Penal Brasileiro, com pena de detenção e multa. Além de atrapalhar o trabalho dos socorristas que, muitas vezes, se deslocam para atender um falso chamado, a ação atrasa o atendimento a um paciente que realmente aguarda por socorro, o que pode ser fatal.
Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia
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