Desde os primórdios da civilização a oralidade é elemento fundamental nas relações humanas. A contação de histórias acompanha o Homem desde o início dos séculos e se perpetua até os dias atuais. O Homem ouve, guarda na memória e posteriormente transmite o que ouviu. É como parte integrante do projeto “Pode ou não pode?”, iniciado em setembro na cidade de Hortolândia, que as escolas municipais de ensino infantil e fundamental recebem até o dia 27 deste mês sessões de contação de histórias como forma de incentivo ao hábito da leitura.
As contações acontecem no período da manhã e da tarde e duram cerca de 50 minutos em cada escola. As contadoras, Gabriela Guedes e Bete Almeida, proporcionam aos alunos uma viagem ao mundo mágico dos livros com a contação das histórias da coleção “Pode ou não pode?” (“Casa de vó e de vô”, “Cospe-Fogo, o dragão”, “Doideira de galo à toa” e “As cinco saias”).
Com a ajuda de um cenário personalizado e outros elementos, que auxiliam não só na contação, mas também no envolvimento do aluno/leitor com esse mundo do faz de conta, Gabriela ressalta que a participação dos alunos do fundamental, que não estão tão familiarizados com esses momentos, tem sido bem interessante. “As crianças do infantil já estão bem acostumadas com esses momentos, oferecer o encanto das histórias aos alunos que normalmente achavam esses momentos coisa de criança é mágico”, afirma a contadora.
Além dos momentos lúdicos proporcionados aos alunos, o projeto conta com distribuição dos livros da coleção “Pode ou não pode?” aos alunos e professores da rede. O objetivo além de incentivar a leitura, é propor uma discussão sobre valores morais e convivência no contexto escolar com professores, por meio de formações com a presença da escritora Luciene Regina Paulino Tognetta, que também é coordenadora do GEPEM – Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Moral (Unesp/Unicamp).
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