Era uma vez, no sítio da vovó, uma galinha chamada Popó e outra galinha que não se sabe que nome tinha. Neste espaço mágico, em um cenário cercado de fitas coloridas, objetos ganham vida e estimulam a imaginação de pequenos e grandes ouvintes, atentos a tudo. Sorrisos, perguntas, palpites, sugestões e muito mais cabem numa história aberta, sobre família, amizade, cidadania, respeito ao próximo e a tudo o que nos cerca, narrada pela conhecida contadora Kiara Terra. Neste evento, realizado na quadra da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Renato Costa Lima, no Jd. Amanda, nesta terça-feira (11/06), coube também respeito às diferenças. Afinal, entre os 594 alunos presentes, dois, cegos, só puderam “ver” com a ajuda da audiodescrição feita por monitores e oito, surdos, “escutaram” graças ao auxílio da interpretação simultânea em Libras (Língua Brasileira de Sinais), feita pela professora Kátia Regina Curado Cópia. A iniciativa da Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, em parceira do Instituto Estre, visa apresentar aos presentes “Histórias para pertencer ao mundo”.
“É muito legal. Gostei. Aprendi que com algumas coisas, uns objetos, dá para fazer uma história. Aprendi uma nova história e a contar essa história”, comentou o estudante do 2o. Ano Nicollas Agostini Borges, de 7 anos, um tanto tímido. Para a diretora Luceli Grizante, a contação de histórias, inclusiva, complementa projetos que já são desenvolvidos na escola, que abordam temas como cidadania e respeito ao meio ambiente. “Como somos uma escola polo bilíngue na rede municipal, sempre cuidamos de envolver a todos os alunos, em forma e conteúdo. Temos este cuidado inclusivo, de levar a todos a contação de histórias, algo que fortalece a imaginação”, afirma.
Segundo o assistente de projetos do Instituto Estre, Vinícius Santos Gomes, a iniciativa, realizada anualmente desde 2014, visa formar cidadãos mais sensíveis e perceptivos do outro e do espaço em que estão. “Queremos fortalecer a educação ambiental e, com isso, proporcionar um ambiente escolar mais sustentável, fortalecido, que trabalhe valores caros ao Instituo Estre, como cidadania, engajamento, respeito ao próximo e ao meio ambiente”, ressalta o educador ambiental.
“Acreditamos que a educação se faz a muitas mãos. As parcerias são muito importantes, porque oxigenam as relações, trazem novas ideias e investimentos da iniciativa privada, que para a Educação são muito importantes, pois nós conseguimos otimizar e diversificar as atividades sempre procurando promover a qualidade de vida das nossas crianças e a aprendizagem de forma lúdica, alegre e envolvendo a comunidade. Na rede municipal de Hortolândia, tempos quase 700 crianças que participam do programa de inclusão. Todas estão matriculadas no ensino regular, participando de aulas regulares, ainda que em algum momento tenham alguma atenção específica, relevante para a sua situação peculiar. Mas elas participam de todas as atividades. Isso inclui uma atividade como essas, a contação de histórias, com a presença de crianças cegas e surdas. A contadora foi orientada a dar uma atenção especial no sentido de as crianças cegas manipularem todos os objetos, os tecidos e a decoração e também uma professora de Libras contando para as crianças usando a Língua de Sinais, o que já é uma prática rotineira nossa, pelo foco que temos na inclusão. Queremos todos participando de tudo”, salientou a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Sandra Fagundes Freire.
Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia
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