A Prefeitura de Hortolândia intensifica, agora em julho, a realização de testes gratuitos para detectar a Hepatite C em munícipes a partir dos 12 anos de idade. A medida integra a campanha “Julho Amarelo”, criada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para conscientizar a população do planeta sobre a importância da prevenção, do diagnóstico e do tratamento das Hepatites Virais.
Embora a mobilização tenha o dia 28/07, sábado, como Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, no município, os testes rápidos podem ser realizados, ao longo da semana, em diversas unidades da rede municipal de saúde, tais como o Amdah (Ambulatório de HIV e Hepatites Virais), unidade de referência no assunto, localizada na Rua Ernesto Bergamasco, 262, na Vila Real, atrás da igreja Matriz. Lá, a testagem é feita de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h. Para realizar o teste rápido, no entanto, é preciso chegar até as 15h.
O exame, gratuito, rápido e sigiloso, é fundamental para detectar a doença, que age de forma silenciosa. Quanto mais cedo o diagnóstico, mas eficaz o tratamento e a cura. Dados da Secretaria de Saúde do Município mostram que, atualmente, há 114 pacientes portadores de Hepatite C em acompanhamento no Amdah.
O que é Hepatite Viral?
De acordo com materiais informativos disponibilizados pelo Programa Estadual de Hepatites Virais do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Estado da Saúde, a Hepatite Viral (do tipo B ou C) é uma inflamação do fígado, causada por vírus e quase sempre sem sintomas. Só com exames específicos de sangue é possível saber se a pessoa está ou não com Hepatite B ou C.
A Hepatite B pode ser prevenida por vacinação. Existe cura para Hepatite C e tratamento para Hepatite B. Porém, até o momento, não há vacina para a Hepatite C. Ambas têm tratamento gratuito no SUS (Sistema Único de Saúde), ao qual a rede municipal de saúde está vinculado.
Ainda de acordo com o CVE, estima-se que cerca de 71 milhões de pessoas estejam infectadas pelo vírus da Hepatite C em todo o mundo e que cerca de 400 mil vão a óbito todo ano, devido a complicações desta doença, principalmente por cirrose e carcinoma hepatocelular. O Ministério da Saúde estima que 0,7% da população, entre 15 e 69 anos, no Brasil teve contato com o vírus da Hepatite C. Isso corresponde a aproximadamente 1 milhão de pessoas. Desses, estima-se que quase 700.000 pessoas tenham a doença e necessitam de acompanhamento e tratamento.
Confira os meios mais comuns de transmissão da Hepatite Viral:
• Transfusão de sangue e uso de drogas injetáveis: o mecanismo mais eficiente para transmissão desse vírus é pelo contato com sangue contaminado. Desta forma, as pessoas com maior risco de terem sido infectadas são: a) que receberam transfusão de sangue e/ou derivados, sobretudo para aqueles que utilizaram estes produtos antes do ano de 1993, época em que foram instituídos os testes de triagem obrigatórios para o vírus C nos bancos de sangue em nosso meio; b) que compartilharam ou compartilham agulhas ou seringas contaminadas por esse vírus como usuários de drogas injetáveis.
• Hemodiálise: alguns fatores aumentam o risco de aquisição de Hepatite C por meio de hemodiálise, tais como desinfecção inadequada de todos os instrumentos e superfícies ambientais.
• Acupuntura, piercings, tatuagem, manicures, barbearia, instrumentos cirúrgicos: qualquer procedimento que envolva sangue pode servir de mecanismo de transmissão desse vírus, quando os instrumentos utilizados não forem devidamente limpos e esterilizados. Isto é válido para tratamentos odontológicos, pequenas ou grandes cirurgias, acupuntura, piercings, tatuagens ou mesmo procedimentos realizados em barbearias e manicures.
• A prática do uso de droga inalada com compartilhamento de canudo também pode veicular sangue pela escarificação de mucosa.
• Relacionamento sexual: esse não é um mecanismo frequente de transmissão, a não ser em condições especiais. Pessoas com múltiplos parceiros ou que tenham outras doenças de transmissão sexual (como a infecção pelo HIV) têm um risco maior de adquirir e transmitir essa infecção. O relacionamento sexual anal desprotegido também aumenta o risco de transmissão desse vírus, provavelmente por microtraumatismos e passagem de sangue. No sêmen, o vírus foi encontrado em concentrações muito baixas e de forma inconstante, não suficiente para manter a cadeia de transmissão e manter a disseminação da doença.
• Transmissão vertical e aleitamento materno: a transmissão do vírus da Hepatite C durante a gestação ocorre em menos de 5% dos recém-nascidos de gestantes infectadas por esse vírus. O risco de transmissão aumenta quando a mãe é também infectada pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana). A transmissão do HCV pelo aleitamento materno não está comprovada.
• Acidente ocupacional: o vírus da Hepatite C (HCV) só é transmitido de forma eficiente por meio do sangue. Eventualmente, isso pode acontecer após exposição da pessoa (geralmente profissional da saúde) ao sangue sabidamente infectado.
• Transplante de órgãos e tecidos: o vírus HCV pode ser transmitido de uma pessoa portadora para outra receptora do órgão contaminado.
Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia
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