Tornar Hortolândia um município mais verde, bonito e agradável é tarefa de todos. No mês em que se comemora o Dia da Árvore, a Prefeitura convida a população a participar do desafio de plantar, junto com ela, 100 mil árvores em quatro anos. E mais: de zelar pelas que já existem na cidade. Afinal, como especifica a Política Nacional do Meio Ambiente, Lei Federal 6.938, de 31/08/1981, o ambiente natural onde estamos inseridos, assim como as árvores que o compõem, são “patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo”.
A fim de preservar o patrimônio verde que pertence a todos, esteja ele em área pública ou particular, a Prefeitura orienta quanto a cuidados indispensáveis quando se deseja realizar corte, transplante ou mesmo poda de galhos ou de raízes. É que estes procedimentos são regulamentados pela Lei Municipal 1.937, de 2007, e precisam ser comunicados com antecedência à Administração, mais especificamente à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. No caso de podas e transplantes, a medida evitará não somente danos irreversíveis às espécies, que podem levar à morte destas, mas também multa aos responsáveis.
“A árvore respira através das folhas, de pequenas estruturas que ficam lá, os estômatos. Retirar todos os galhos é tirar a respiração e a possibilidade de nutrição dela”, explica a engenheira agrônoma da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alynne D. P. N. Sant’Anna. “O orvalho é fruto da abertura da maioria dos estômatos, é a transpiração que nós vemos de madrugada, que se intensifica nas baixas temperaturas, mas que acontece ao longo do dia”, acrescenta a engenheira agrônoma, esclarecendo que, durante o dia, além de contribuir para a redução da temperatura, a árvore auxilia na purificação do ar, pois absorve gás carbônico e libera oxigênio. Estes são apenas alguns dos muitos benefícios de ter uma cidade arborizada (veja abaixo). Ainda neste governo, a Prefeitura começa a realizar um inventário da arborização urbana.
Como solicitar poda ou transplante
Para evitar danos ao vegetal, o munícipe precisará de orientação técnica para realizar podas ou transplantes. Os interessados podem procurar o Departamento do Verde e Desenvolvimento Sustentável pessoalmente e preencher requerimento, solicitando avaliação técnica. É preciso apresentar documentos pessoais, como cópia do RG e comprovante de propriedade do imóvel. O órgão fica no primeiro andar do Paço Municipal Palácio das Águas, na Rua Olívio Franceschini, 2.500, no Remanso Campineiro. Se preferir, pode telefonar para os números 3965-1400, ramal 7913, ou 3965-1435 para ouvir as recomendações necessárias. Uma delas é enviar fotos da árvore, explicando os motivos para solicitar tal procedimento.
Em caso de corte, ou supressão, como é conhecida, a lei exige compensação ambiental. Árvores exóticas, como Ficus, Sete Copas, Alfeneiro ou Flamboyant, têm compensação de uma para uma. Mas, no caso de espécies nativas, como Ipê, Sibipiruna e Aroeira Salsa, a compensação é de uma para 25, ou seja, para cada árvore cortada, haverá o plantio de outros 25 exemplares nativos, pelo menos um deles no local. As demais mudas doadas serão destinadas ao Viveiro Municipal Antônio da Costa Santos, que se encarregará de destiná-las, seja por meio de doação à comunidade, seja por meio de plantio em áreas públicas.
Quando o corte ou a poda drástica acontecem de maneira irregular, seja em área pública, seja em área particular, em caso de flagrante ou denúncia, o responsável (tanto o mandante quanto o executor) está sujeito a multas que variam de R$ 287,23 a R$1.639,14.
Para além das punições, Alynne lembra que a árvore é um bem de todos, um ser vivo que oferece ao homem inúmeros benefícios e precisa ser cuidado e respeitado pela comunidade.
Confira alguns benefícios de ter uma cidade arborizada:
- Sombreamento para pedestres e carros;
- Redução da amplitude térmica;
- Formação de barreiras contra ventos;
- Absorção, refração e dispersão de ruídos;
- Retenção de material particulado em suspensão;
- Fornecimento de flores, frutos e abrigos para pássaros;
- Melhoria e harmonização da paisagem urbana, deixando a cidade muito mais bela;
- Valorização dos imóveis através da sua qualificação ambiental e paisagística;
- Contribuição para o equilíbrio psicossocial do homem, através da aproximação com o meio natural.
- Interceptação de águas pluviais, evitando erosão e diminuindo a velocidade da água durante a escorrimento superficial no solo. Desta forma, ocorre a redução dos problemas com erosão e assoreamento do solo, além de contribuir no controle de enchentes e inundações.
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